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Enviada em: 30/08/2017

Na contemporaneidade, tem-se discutido acerca do culto à padronização corporal no Brasil. Dessa forma, percebe-se que o corpo perfeito é venerado no meio social. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a influência da indústria relacionada a aparência na vida das pessoas e os prejuízos causados aos indivíduos.   Em primeira análise, cabe pontuar que, segundo uma pesquisa realizada pela Dove, mais de 80% das entrevistadas afirmaram sentirem-se pressionadas a atingir a definição de beleza, em virtude dos padrões etnocêntricos impostos pelas indústrias ligadas a aparência. Por conseguinte, devido a esse parâmetro difundido em todos os meios de comunicação, muitas pessoas encontram-se insatisfeitas com o próprio corpo e, recorrem a métodos que lhes façam sentirem-se aceitas na sociedade, como por exemplo realização de cirurgias plásticas invasivas.    Além disso, convém frisar que a busca pelo corpo perfeito pode ultrapassar as barreias do bem-estar e trazer prejuízos a qualidade de vida do indivíduo, visto que essa prática é capaz de tornar-se uma obsessão. Como resultado, essa ação pode resultar no desenvolvimento de distúrbios alimentares, como a anorexia, bulimia os quais, em casos graves, leva à morte, mas também distúrbios psicológicos, como a depressão.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É imprescindível que o Governo Federal supervisione as propagandas que são veiculadas nos meios de comunicação, com o intuito de liberar apenas publicidades que não perpetue estereótipos de beleza, visando uma maior liberdade de aparência, para todos, no meio social. Também, é essencial que o Ministério da Saúde realize campanhas de promoção da saúde juntamente com médicos, psicólogos e nutricionistas, a fim de oferecer informações e suporte a toda população, por meio de palestras e consultas, tendo em vista a diminuição e prevenção de casos de distúrbios alimentares e psicológicos provenientes da padronização do corpo e da beleza.