Enviada em: 10/08/2017

Fantoches da beleza       O culto ao corpo sempre foi uma realidade na história da humanidade. No entanto, com a ascenção do capitalismo e o processo de massificação da mídia, a venda de uma imagem perfeita rompe com o equilíbrio do corpo e mente, resultando em uma sociedade doente e obsessiva. Desse modo, de que maneira é possível reverter esse quadro?       A idealização de um estereótipo, ao projetar um corpo perfeito, difunde valores e cultura de consumo, disseminando a visão que essa estética é uma lei incontestável da perfeição. Assim, toda essa mercantilização da figura humana gera lucros à indústria de cosmético e cirurgia, tanto que, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de intervenções estéticas. Desse modo, essa pressão social pelo corpo impecável fere a sensibilidade, principalmente das mulheres, afetando o equilíbrio entre corpo e mente.           Beyoncé, em sua música Pretty Hurts, revela uma sociedade doente diante toda essa busca de beleza perfeita. Nesse cenário, a padronização em uma sociedade miscigenada, como a brasileira, gera transtornos e um complexo de magreza, afetando não só a saúde física do indivíduo, como a mental. Logo, quando a beleza perfeita é difundida como uma verdade, associada à felicidade, ela se torna nociva, pois a busca exagerada gera transtornos alimentares, como a anorexia, bulimia e vigorexia.          Fica evidente, portanto, a necessidade da sociedade reestabelecer o equilíbrio entre corpo e mente. Para isso, é preciso que o Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, criem campanhas para evitar a disseminação da beleza perfeita, e incentivar hábitos saudáveis. Além disso, o Ministério da Educação poderia aderir aos currículos escolares, palestras com profissionais de saúde (nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, para desconstruir esses padrões diante os jovens, induzindo uma vida saudável para a futura população. Dessa forma, será possível reverter esse quadro e a sociedade deixará de ser fantoche da indústria da beleza.