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Enviada em: 08/08/2017

A padronização do corpo adquiriu elevada notoriedade desde o advento do Renascimento, possibilitando uma maior difusão sociocultural. Porém, é possível observar uma idealização provinda da atual sociedade média, fortalecida pelos demais veículos de comunicação. Cabe analisar o tema, identificando suas causas e assim propondo soluções ao entrave.     Como dizia Hobbes, "o homem é o lobo do homem". Essa frase pode ser bem exemplificada quando se trata do comportamento midiático em relação à idealização corporal efetivada pela mesma, que por conseguinte, afeta toda a população, uma vez que as pessoas acreditam que o corpo perfeito é aquele compartilhado em revistas, propagandas e 'merchandisings'. Com isso, parte dos indivíduos que compõem a sociedade, ficam sensibilizados por não possuírem o padrão que lhe é estabelecido, resultando em sérios problemas físicos e psicológicos, como por exemplo: bulimia e depressão. Ou seja, o fundamento de Hobbes, elaborado na Idade Média, se adequa à contemporaneidade. O homem da mídia prejudicando seu público.      Contudo, o problema parece estar longe de ser solucionado. Vale ressaltar ainda a utilização de aplicativos de edição de fotos, muitas vezes usados por famosos antes de publicar seus posts nas redes sociais. Isso causa na população uma falsa perfeição, que de fato não se concretiza no mundo real, caracterizado pelo fruto dessa modernidade líquida conceituada por Bauman.      Parafraseando Confúcio, "Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros". Assim sendo, é importante que o Ministério da Cultura, junto às empresas realizadoras de campanha publicitária trabalhem para impor no cenário nacional novos tipos de corpos, e assim, estampá-los em capas de revistas e comerciais, ilustrando a real diversidade de indivíduos que pertencem ao país. É necessário também que o Ministério da Tecnologia e a Secretaria da Justiça estabeleçam limites quanto ao uso de edição de fotos em perfis de pessoas públicas, multando-as quando essas fotos idealizadoras se tornarem abusivas.