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Enviada em: 09/08/2017

Ditadura da beleza     O padrão de beleza sofreu muitas mudanças ao longo dos anos, no Renascimento, no século XIII, as mulheres possuíam a forma mais voluptuosa e esse era o estereótipo de beleza a ser seguido. No século XXI, o culto à uma padronização corporal continua presente e tem posto em risco a saúde de milhares de brasileiros, por doenças como bulimia, anorexia e vigorexia. Isso ocorre pelas falsas idealizações de corpos perfeitos na mídia e pelo desinteresse do Governo em tratar desse assunto.    É inegável que as mídias sociais com suas imagens de belos e perfeitos corpos influencia na obsessão pela beleza. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de uma sociedade agir e pensar. Analogamente, percebe-se como o comportamento de blogueiras da moda, atrizes, atores e modelos influenciam a sociedade, pois passam uma imagem de corpo definido e perfeito que constituem o chamado fato social, à medida que aumenta a pressão da aparência ideal e é passada de pessoa para pessoa. Assim, nota-se como a obsessão por um corpo perfeito tem suas raízes na mídia e como isso intensifica o problema.    Outrossim, o desinteresse do Governo em tratar desse assunto funciona como impulsionador do revés. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada para que, por meio da justiça, se encontre o equilíbrio. Nesse contexto, a falta de atenção governamental nas questões preventivas dos transtornos causados pela obsessão corporal representa uma brecha que rompe com o equilíbrio aristotélico, uma vez que, de nada adianta tratar sem tentar frear o avanço do problema. Desse modo, percebe-se a necessidade de medidas profilática como forma de combate à problemática.     Entende-se, portanto, que a padronização corporal no Brasil tem causado grande preocupação por colocar a busca pela beleza acima da saúde. Para atenuar o problema, é preciso que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Saúde invista mais na prevenção de transtornos ligados ao assunto, com palestras gratuitas com nutricionistas e psicólogos que debatam a questão e coloquem a saúde como prioridade, além de aplicar campanhas junto aos canais midiáticos incentivando o amor pelo corpo, seja ele qual for, e o fim de um padrão estético ideal imposto pela sociedade. Dessa forma, será possível acabar com essa ditadura da beleza e minimizar esse fato social.