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Enviada em: 09/08/2017

A cultura do corpo nem sempre existiu. Por volta dos anos 30 e 40, sem o advento da mídia digital, o esteriótipo de beleza ainda não tinha tomado forma. Hoje, a mídia e a própria sociedade ditam padrões nunca postos antes e antipatizam o que não é singular dentro desse contexto. Entre cirurgias e produtos de beleza, é preciso discutir o impacto do culto a padronização no Brasil.      Os estigmas corporais são ditados todos os dias. Principalmente em propagandas e campanhas midiáticas, em que imagens de mulheres e homens magros são associadas á felicidade. A partir daí começa uma disputa com o próprio corpo para alcançar o que é tido por bonito e aceitável. Porém, dada a pluralidade do corpo humano, a sociedade torna-se frustrada diante das dificuldades para alcançar os padrões, podendo adquirir depressão, ansiedade e outros problemas psicossomáticos.         Além disso, os efeitos podem chegar a proporções maiores. De acordo com a revista Veja, 77% dos jovens tem propensão a distúrbios alimentares no Brasil. A anorexia e a bulimia, por exemplo, podem desencadear osteoporose, fraqueza corporal e baixa pressão arterial. Ademais, o Brasil é o país que mais realiza cirurgias estéticas, segundo a Associação de Cirurgia Plástica. Percebe-se que a busca pela imagem perfeita pode levar á diversos caminhos.        Portanto, é necessário refletir sobre esse assunto tão decorrente no Brasil. É importante o apoio dos agentes sociais. As escolas devem promover debates e questionamentos sobre os estigmas corporais. O próximo passo é do indivíduo, procurar psicólogos e aceitar-se é uma evolução. A mídia deve assumir seu papel enquanto formadora de opinião, desfazendo a ideia de padronização ao exibir pessoas diferentes, ao mesmo tempo que exalta a beleza de ser plural, além de criar campanhas sobre o assunto. Quem sabe assim, a sociedade compreenda que não existe um tipo de beleza definido.