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Enviada em: 13/09/2017

Dietas malucas. Exaustão por excesso de exercício físico. Remédios inibidores de fome. Transtornos alimentares. Mesas de cirurgia. A sociedade valida todos os meios de se chegar ao tão desejado padrão corporal, onde as medidas se tornam cada vez mais inalcançáveis, e as pessoas cada vez mais obcecadas. No Brasil, apesar desse padrão ainda ser considerado fora das medidas vistas nas passarelas internacionais, a busca pelo tão aclamado “corpo de verão” vem gerando cada vez mais transtornos, tanto alimentares, quanto mentais.    Em primeiro lugar, sabe-se que a mídia sempre foi uma grande influenciadora e formadora de opinião principalmente nos jovens e adolescentes, idade em que a maioria dos casos de transtornos alimentares como a anorexia e bulimia são frequentes. Nestes casos, a jovem, no caso das meninas, se limita a ver apenas mulheres altas e magras, como um padrão de beleza sendo representado na maioria dos filmes e novelas, criando-se assim a imagem de que para se encaixar na sociedade ou ser bem-sucedida ela precisa estar também dentro desses padrões.    Outro fator que pode induzir o adolescente aos transtornos alimentares é o bullying sofrido na escola, por receber apelidos ou ser comparado com outras pessoas que estão dentro do padrão corporal, esse jovem pode recorrer ao extremo para alcançar o seu corpo ideal, como a autoindução ao vômito, dietas alimentares extremamente rígidas ou passar horas na academia. Em virtude disso, vários outros quadros podem vir seguidos aos transtornos alimentares, como a depressão e a ansiedade, por exemplo.    Nota-se, portanto, o padrão corporal imposto socialmente é alto e praticamente inalcançável, e que tentando o alcançar, milhares de pessoas acabam desenvolvendo diversos transtornos alimentares e mentais. Sendo assim, cabe à mídia a dar espaço e representatividade a pessoas que fujam a esses padrões, como as modelos e atrizes pluz size por exemplo, bem como, juntamente ao governo, promoverem campanhas que alertem e que informem as pessoas sobre as consequências de tentar buscar a perfeição a todo custo, com propagandas que os informe os riscos que a obsessão ao corpo pode trazer, palestras nas escolas e inserindo o assunto nas salas de aula. Além disso, é de suma importância o papel da família, que deve se manter atenta caso algum próximo esteja apresentando algum sinal de que esteja sofrendo qualquer transtorno alimentar, promovendo o diálogo e suporte médico imediato.