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Enviada em: 12/08/2017

No período renascentista, houve uma supervalorização do corpo humano em detrimento dos pensamentos conservadores. Logo, resultou no surgimento de novos padrões estéticos tanto no meio artístico, quanto no social. Os reflexos de uma civilização extremamente preocupada com a perfeição, são vividos com intensidade no mundo contemporâneo, por uma sociedade obcecada com a própria imagem, e que não se preocupa com os problemas vinculados aos padrões estéticos.          Primeiramente, é válido destacar a busca pela perfeição durante os anos, principalmente pelo sexo feminino. Ao contrário dos dias atuais, que contém a forte presença da ditadura da magreza -ideologia que apresenta a mulher extremamente magra como modelo a ser seguido-, ser acima do peso para as civilizações mais antigas, não era algo pejorativo. Mas sim, símbolo de fertilidade e saúde. Em 1950 mulheres com curvas como a artista Marilyn Monroe – maior símbolo sexual da época-, eram vangloriadas, o que contribuiu para a decadência do padrão anterior. Contudo, ao se destruir um padrão se cria um novo, gerando a ideia de um ciclo de padrões que estão em constante mudança e sempre se renovam.         Em segundo lugar, é importante ratificar que os padrões estabelecidos atualmente não respeitam o biótipo humano, e trazem muitos problemas sociais e de saúde. Cirurgias para aumentar lábios, seios e glúteos são comuns, contudo, as mudanças feitas em hospitais informais e irregulares, podem trazer sérios riscos, como uma infecção ou até mesmo a morte. Bulimia, anorexia, depressão, exclusão social e preconceito são apenas algumas consequências da problemática. Afinal, o indivíduo que não consegue seguir os padrões vendidos pela mídia, acaba sendo marginalizado e excluído socialmente, o que agrava a possibilidade de práticas nocivas contra o próprio indivíduo, como a automutilação ou até mesmo o suicídio.          Portanto, fica claro que a problemática é atual e prejudicial a vida de quem a segue. A mídia como meio persuasivo deve intervir através da televisão e internet, colocando em seu conteúdo os diversos estilos e corpos existentes sem nenhuma hierarquia, para mostrar que a existência de ambos, simultaneamente, é possível. O Estado precisa fornecer assistência às vítimas, através de atendimentos de saúde e acompanhamento psicológico, a fim de promover suas respectivas recuperaões. Para quem sabe assim, construirmos uma sociedade mais tolerante e menos padronizada.