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Enviada em: 20/08/2017

Corpo não tem padrão       Ao longo da história, sempre houve padrões corporais a serem seguidos e, com o avanço da sociedade de consumo, que "vende" modelos a serem seguidos, essa pressão se tornou ainda maior e causa consequências tanto para quem os segue como para quem não o faz.       Entre as décadas de 1940 e 1950, valorizavam-se as formas femininas voluptuosas, como de Marilyn Monroe, enquanto atualmente os corpos magros, definidos e musculosos são os mais desejados entre homens e mulheres. A preocupação com imagem e estética atinge todas as classes sociais e faixas etárias e, por vezes, ultrapassa a preocupação com a saúde, que pode ser prejudicada na busca pelo corpo ideal.       Nessa procura pelo padrão corporal, muitos acabam se submetendo à dietas radicais, exercícios físicos intensos e até mesmo cirurgias plásticas. Atualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o país perde apenas para os Estados Unidos no número de procedimentos. Essas intervenções podem causar danos, como deformações, contribuindo para problemas psicológicos, como baixa auto estima, e até a morte. Aqueles que não seguem os padrões estéticos impostos também sofrem consequências.       Numa sociedade em que o corpo magro e forte é valorizado e constantemente mostrado pela mídia através de campanhas publicitárias, quem não o tem pode sofrer com a gordofobia, ou seja, o preconceito contra pessoas gordas. No Brasil, mais de 60% da população está nesse grupo e está sujeita a transtornos alimentares, baixa auto-estima, dificuldade na auto-aceitação e na inserção social e isso precisa mudar.       A fim de garantir mais qualidade de vida e boa saúde mental da população brasileira, seria importante que a escola e a família se unissem no intuito de ensinar às crianças, adolescentes e seus parentes a importância da saúde e do bem estar. Através de palestras realizadas em espaços públicos por equipes multidisciplinares, com médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, pode-se mostrar que não há uma maneira errada de ter um corpo e que o mais importante é ter saúde e respeito, independente do tipo físico. Assim, a sociedade se sentiria menos pressionada pela sociedade de consumo em que vive e teria mais saúde, respeito e bem estar.