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Enviada em: 19/08/2017

O filósofo, Blaise Pascal, disse: "A própria moda e os países determinam aquilo a que se chama beleza." Sob essa perspectiva, verifica-se que no atual âmbito social ainda persistem notáveis preocupações com a imagem e a saúde no contexto estético, possuindo como parceiras a mídia e indústrias de cosméticos. Isso porque não há pedagogia eficiente para desconstruir tais protótipos.    Diante desse panorama, observa-se que, segundo o ISAPS o Brasil é o segundo no ranking mundial de cirurgias plásticas. Dessa forma, é evidente que se analise o quanto uma grande parcela da sociedade se dispõe a procurar profissionais dessa área, não apenas com o intuito de ter uma vida saudável, mas também de pertencer a um determinado grupo e padrão impostos por meios de veiculação que determinam esse parâmetro como sinônimo de felicidade e sucesso.    Outro problema que se evidencia são as empresas voltadas à beleza humana que, ligadas a peças publicitárias e visando sempre o lucro, impõe uma cultura de padronização corporal onde, além da mulher ser negativamente, o centro desse processo, contribui para que doenças psicossomáticas se desenvolvam e venham a se tornarem piores levando a anorexia, vigorexia e até o suicídio. Quando Durkheim afirma o fato social como a coação do meio sobre as vontades individuais, corrobora essa pauta que se encontra na contemporaneidade.    Para que se reverta, portanto, esse cenário preocupante, urge a necessidade que o Conselho Regional de Medicina atue para evitar o excesso de cirurgias plásticas que causam a fragilização da saúde. É pertinente também a parceria entre o Estado e instituições privadas na criação de palestras em escolas e universidades, voltadas a essa temática. Outras medidas favoráveis é o aperfeiçoamento Legal e a intervenção do CONAR, ambas em punir com mais rigor a específicas propagandas que possam levar, mesmo que indiretamente, a transtornos físicos e psicológicos.