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Enviada em: 15/08/2017

A questão da beleza acompanhou o homem de acordo com o desenvolvimento civilizatório, transformando-se de acordo com a época. Durante a Grécia antiga, belo era significado de perfeição e representado como adoração aos deuses, sendo um mecanismo de identificação social. Entretanto, no Brasil contemporâneo, o culto ao corpo, trazido por europeus e americanos, tornou-se prejudicial em decorrência da padronização, podendo causar depressão e exclusão de indivíduos. Nesse aspecto, a influência midiática aliada à transformação da constituição física em mercadoria agrava esse problema.            Em primeira análise, a sociedade incorpora e aceita valores de acordo com as influências externas, tendo os meios de comunicação preponderantes nessa conjuntura. Em filmes e novelas, o corpo ideal brasileiro é retratado aos moldes da ''Garota de Ipanema'', com aspecto magro, branco e esbelto contribuindo para o aumento de crises de identidade e do narcisismo. A evidência disso é o aumento de cirurgias plásticas no país, o qual se encontra em 2 lugar, segundo a pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, transformando boa parte da população em Frankensteins modernos na busca de uma mudança perfeita. Esse contexto demonstra, logo, o poder dos meios de comunicação na coletividade e as suas consequências no segmento estético.        Além disso, com o advento do capitalismo, a gestão da fisionomia tornou-se um produto que movimenta capitais exorbitantes nas industriais, como as de moda e cosméticos. A necessidade de aceitação e aparência estimulou a criação de academias e de remédios para o emagrecimento, que sem prescrição médica podem causar a morte do indivíduo. Da mesma maneira, a fisionomia humana está relacionada a um mecanismo de distinção social, como levantado pelo sociólogo Pierre Bourdieu e a crescente busca por padrões provindos de classes sociais privilegiadas ratifica isso. Essa conjuntura retrata, portanto, a mudança da relação entre o homem e a sua estatura em decorrência o sistema econômico adotado, passando de um sentimento de perfeição e preservação para um objeto.           Desse modo, a adoração e padronização do corpo podem ser consideradas um problema, sendo necessária a adoção de medidas para ameniza-lo. É imprescindível que o governo faça acordos com órgãos midiáticos para a adoção de diversas representações de belezas em filmes, novelas e propagandas para diminuir o ideal da homogeneização corporal. Ademais, o Ministério da Educação deve adotar, em escolas e universidades. palestra sobre o respeito e aceitação da fisionomia para evitar a consideração do corpo como objeto ao mesmo tempo em que promove apoio psicológico. E principalmente; que o legislativo crie leis para fiscalização de remédios estéticos e cirurgias plásticas para diminuir os índices de transtornos e obsessão por essas práticas por parte da população. ,