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Enviada em: 21/08/2017

Em meio a tentativa de construção da identidade nacional no século XIX, o Romantismo procurou estabelecer um padrão de beleza feminino. A postura adotada pelo escola literária se difundiu ao longo da história, e para isso encontra causas de viés econômico, cultural e social. Logo, faz necessário ações da sociedade civil e esferas governamentais para que se reverta esse cenário problemático.    Em primeira análise, é necessário que se compreenda a participação do sistema capitalista na promoção do culto à padronização corporal, pois esse dissemina por meio da indústria cultural moldes morfológicos a serem seguidos e almejados de forma incessante. Quando Émile Durkheim postulou estudos sobre o fato social, enfatizou que a coerção é fundamental para que os indivíduos pratiquem determinadas ações consolidadas. Dessa forma, percebe-se que a idealização age de maneira análoga, pois com a construção de modelos a serem seguidos,a pressão para que os cidadãos se encaixe nas idealizações se torna alarmante.    Ademais, tem-se a criação de uma 'ditadura' estética, uma vez que, em um país tão heterogêneo com o Brasil no âmbito da forma e características corporais, se torna incoerente adotar padrões e inviabilizar e renegar grupos étnicos que possuem outras formas morfológicas. Além do mais, a busca pela perfeição muitas vezes é apenas com parte externa, e pessoas tomam atitudes desmedidas para alcançar seus objetivos, adotando atitudes extremas de dietas ou de uso de medicamento que a longo prazo trazem malefícios ao organismo humano, como o consumo de anabolizantes e esteroides.    Para que se minimize a prática da padronização corporal, portanto, é necessário seja promovido feiras culturais e de valorização dos diversos tipos de beleza em locais públicos pelo Ministério da Cultura, para que se desconstrua os padrões. Com o mesmo objetivo, deve ser inserido em novelas de forma implícita cenas em que os papéis não sejam condicionados pela forma.