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Enviada em: 14/08/2017

O culto a padronização corporal no Brasil é uma realidade que não se pode negar. Com o advento da revolução industrial em meados do século XVIII, a padronização da produção se tornou uma norma. Dessa forma, um padrão de beleza foi estabelecido e, se por um lado ajudou a maximizar os lucros, por outro trouxe prejuízos para o indivíduo. Tendência que se manteve na sociedade brasileira do século XXI, deve ser mitigada por afetar tanto a saúde quanto o psicológico da pessoa.       Cabe pontuar que os padrões estéticos variam com a época. Se nos anos 50 Marilyn Monroe representava o estereótipo da beleza com um corpo que, nos moldes atuais, seria considerado como fora do padrão, atualmente supermodelos impõem a magreza extrema. De fato, a constante mudança desses parâmetros na mídia resulta na impossibilidade de se atingir a perfeição e pode resultar na depressão. O combate a qualquer tipo de molde corporal é, portanto, preponderante para diminuir o número de mazelas como este quadro psíquico.       Outrossim, vale destacar que a saúde também pode sair prejudicada na constante busca pela perfeição. O exemplo do uso de anabolizantes para ganho de massa muscular demonstra que o intuito de se sentir bem consigo mesmo pode resultar em disfunção erétil, necrose tecidual e problemas hormonais. Ao afirmar que o homem é aquilo que a educação faz dele, Immanuel  Kant corrobora com a ideia de que essa questão ainda não é suficientemente debatida na sociedade brasileira e que educar é uma ação preponderante para mitigar o uso dessas drogas.       É evidente, dessa forma, que nem o sacrifício do físico ou do mental são válidos na busca de um padrão corporal. Portanto, é imperativo que canais televisivos representem os diferentes tipos de corpo inerentes a natureza humana. Não menos importante, a aceitação da diversidade deve ser introduzida em escolas por campanhas socioeducativas promovidas pelo MEC desde a infância. Apenas com a tolerância do diverso será possível dar fim a busca incessante da perfeição corporal.