Materiais:
Enviada em: 20/08/2017

Desde a Antiguidade, sempre se defendeu a ideia da mente sã em corpo são. Porém, em pleno século XXI, esse ensinamento parece estar cada vez mais distante, visto que em uma sociedade de consumo que "vende" o ideal da imagem perfeita, é natural que pessoas tenham consequências danosas, tanto físicas quanto psicológicas. Assim, a incessante busca dos padrões exigidos por uma sociedade moderna, muitas vezes, ultrapassa os limites prejudicando a própria saúde.   Nesse sentido, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas e Estéticas, o Brasil é o país com maior número de cirurgias estéticas no mundo. Tanto mulheres quanto homens estão se submetendo a procedimentos invasivos e tratamentos que buscam o limite dos seus corpos, podendo causar danos reais e chegar ao óbito. Além de cirurgias, fazem uso de anabolizantes de modo desenfreado, principalmente os jovens, e dietas milagrosas vistas diariamente nas redes sociais. Dentre os diversos casos, vale ressaltar o da modelo Andressa Urach, que foi vítima de uma grave infecção devido a complicações pelo uso abusivo de uma substância. Além disso, pessoas se submetem a cirurgias em qualquer lugar pelo fato de serem mais baratas, como é o caso de brasileiras que vão para Venezuela e, muitas delas, sofrem algum tipo de complicação ou até mesmo chegam ao óbito.   Paralelamente, nota-se cada vez mais que os indivíduos estão em um estado de constante insatisfação com o corpo, desencadeando altos níveis de frustrações, baixa autoestima, levando a quadros de depressão e distúrbios alimentares. Tal fato pode ser visto no filme "O Mínimo para Viver", que conta a história de uma adolescente que luta com o problema da anorexia. Além disso, as pessoas que não se sujeitam aos padrões estéticos estabelecidos são isoladas, sofrem preconceitos e bullying na sociedade. Dessa forma, é necessário políticas que alertem aos indivíduos dos perigos associados a essa insatisfação corporal.   Portanto, para impedir a continuidade de casos fatais,é imprescindível a intervenção do Ministério da Saúde, juntamente com ONG's, para a criação de campanhas de saúde associadas a esses assuntos e lideradas por profissionais qualificados para expor e esclarecer sobre os riscos à população, bem como a divulgação desses projetos através do meios de comunicação. Além disso, é essencial uma maior atuação estatal na fiscalização de clínicas estéticas e dos profissionais em esclarecer sobre os procedimentos cirúrgicos e suas consequências aos pacientes. Assim, cabe a sociedade se conscientizar  e formar opiniões em que os valores internos sejam mais relevantes que os externos.