Materiais:
Enviada em: 15/08/2017

A relação do homem com seu corpo sofreu mudanças ao longo do tempo.Desde perfis mais avantajados à formas mais esbeltas, a aparência física pode ser percebida como uma ferramenta de comunicação entre o ser e o mundo.Embora a "liberdade" de ser gordo ou magro pertença ao indivíduo, o inconsciente coletivo prega padrões rigorosos. A busca por esse padrão, no entanto, pode causar problemas físicos e psicológicos. Padrão, no Aurélio, quer dizer referência ou modelo. A noção de pertencimento a um grupo é uma das percepções que proporciona a vida em sociedade.Dessa forma, não obedecer ao padrão imposto significa ser excluído desse convívio que acolhe o individuo em sua própria identidade. Porém, é preciso entender a quem esse padrão se reporta e o que ele estabelece no momento em que invade o poder de individualidade de cada um. Por exemplo, para o mercado da moda é lucrativo que as pessoas sigam o padrão do que eles ditam, pois havendo essa obediência haverá o consumo massivo de seus produtos.Entretanto nem todos se encaixam no estereótipo imposto e essa busca pode provocar doenças como anorexia e  bulimia  em que a busca pelo corpo perfeito pode levar à morte. Nesse contexto, encaixar-se em um padrão é um tipo de violência velada. Isso acontece porque para muitas pessoas o próprio corpo representa uma prisão. Inclusive a prática de bullying, muitas vezes, se dá em decorrência da aparência física e das inúmeras maneiras de estereotipar aquele que é diferente dos demais. Essa prática também é uma das ferramentas do preconceito em que no inconsciente coletivo fica registrado que uma pessoa gorda é doente e uma pessoa magra é saudável. Porém, segundo a revista Exame, as aparências podem sim enganar uma vez que apenas 34% dos indivíduos gordos apresentam de fato alguma doença relacionada ao seu peso. Nesse sentido, não pertencer a um grupo pode causar danos psicológicos, como a depressão, uma vez que a aceitação pessoal é impedida por conta da rejeição coletiva podendo resultar, em alguns casos, em suicídio. Portanto, é importante que esse tema seja debatido a fim de evitar doenças físicas e mentais. Para isso, o Ministério da saúde em parceria com o MEC podem promover palestras em locais públicos como postos de saúde e escolas desmistificando os estereótipos relativos à aparência física versus saúde. Além disso, nas escolas os professores em parceria com psicólogos devem trabalhar essa questão apontando os mais variados tipos físicos ao longo do tempo para que os alunos aprendam que os modismos de cada época passam, mas que a individualidade de cada um deve ser respeitada. Além disso, o Governo Federal deve contratar psicólogos para trabalharem nas escolas fazendo atendimento principalmente de adolescentes, para que doenças mais graves e até o suicídio seja combatido.