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Enviada em: 15/08/2017

O livro norte americano Garotas de Vidro retrata a vida de uma jovem subjugada pelos padrões de beleza da sociedade contemporânea,que tenta,por isso,a todo custo tornar-se magra.Esse drama,infelizmente,é vivenciados também por milhares de brasileiros,que desenvolvem,em busca do utópico corpo perfeito,distúrbios alimentares,como anorexia,bulemia e vigorexia.Diante desse lastimável quadro,é urgente discutir esse problema de saúde pública em busca de soluções.       É válido analisar,antes de mais nada,que o culto ao corpo é intrínseco ao ser humano.Desde à Antiguidade,guiados pelo hedonismo,homens e mulheres fazem do seu próprio corpo um meio pelo qual pode-se obter a felicidade plena.Esse pensamento não seria de todo ruim - já que ter uma boa aparência é algo que faz bem para qualquer pessoa - se para atingir o padrão de beleza pretendido os indivíduos não se submetessem á rígidas disciplinas,como exaustivos exercícios,alimentação limitada ao extremo e vomitar o que comeu.Dessa forma,é necessário a busca pelo físico ideal baseado no que  Aristóteles defendeu:a sabedoria está no equilíbrio.       Outrossim,está o advento das mídias telecomunicativas como intensificadora de um comportamento,por vezes destrutivos, preexistente no ser humano. A televisão é a principal ditadora dos padrões de beleza existentes, pois por meio de filmes e novelas, ela impõem que os indivíduos devem imitar o corpo dos atores, de forma que os homens sejam musculosos e as mulheres macérrimas. Somado a isso, as redes sociais como - facebook e instagram - colaboram para o culto à padronização do físico ao passo que alimenta o narcisismo e influência os cidadãos a exibirem uma aparência desejável, como forma de ser aceito. Nesse sentido, entende-se  porque a anorexia e bulemia atinge quatro a cada dez brasileiros, segundo a Universidade Federal de São Paulo.              É necessário, pois, que o equilíbrio aristotélico seja atingido em relação, ao culto à padronização do corpo, como forma de mitigar seus efeitos maléficos. Para tal o Estado, na figura de ministério da saúde, aumenta o acesso de toda à população e psicólogos e nutricionistas, ao contratar mais profissionais na rede pública e subsidiar o preço das consultas no sistema privado, a fim de que os cidadãos acometidos por distúrbios alimentares sejam devidamente tratados e acompanhados. Concomitantemente, é imprescindível que as escolas criem desde cedo nos alunos a consciência de que a busca por beleza deve respeitar a saúde física e mental, assim deve-se organizar palestras com endocrinologistas e psiquiatras, a fim de orientar os estudantes.