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Enviada em: 20/08/2017

A veneração ao corpo perfeito não surgiu no século XXI; na Grécia Antiga, os gregos acreditavam que o corpo era tão importante quanto á intelectualidade do indivíduo. Muito se debate, atualmente, a respeito da crescente valorização da aparência que tem resultado em um aumento gigantesco nos números de cirurgias plásticas realizadas no Brasil, que está em segundo lugar no Ranking de cirurgias plásticas no mundo. É importante ressaltar, contudo, dois aspectos: o papel da mídia como meio propagador de imagens do corpo ideal, bem como os prejuízos nocivos á saúde, como é o caso da Anorexia e Bulimia.  A propalação de ideias que levam a um padrão estético aceitável pela sociedade é facilmente perceptível; há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987).Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro.   Outra preocupação constante são as  diversas formas utilizadas para adquirir a aparência física “ideal” em um curto espaço de tempo e suas respectivas consequências são, entre outras; as cirurgias plásticas, sendo elas, muitas vezes, desnecessárias podendo colocar em risco a vida do paciente, as dietas milagrosas, sem orientação de um profissional, que podem gerar distúrbios alimentares como a Anorexia e a Bulimia, que são transtornos alimentares classificados como doenças mentais. No entanto, os dois males possuem diferenças significativas que, quando detectadas de maneira correta, podem ser a chave para o sucesso do tratamento. Também o uso de esteroides anabolizantes, visando potencializar os músculos, podendo desenvolver problemas cardíacos.   Portanto, é imprescindível que a mídia informe á sociedade sobre os riscos dos procedimentos estéticos nocivos à saúde, orientando-a sobre como adquirir uma vida saudável. Cabe ao Ministério da Saúde, em parceira com ONG’S, implantar programas sociais de saúde e bem estar que promovam: à reeducação alimentar, a prática de atividades físicas e palestras sobre as formas corretas de como cuidar do corpo com profissionais da área. A intervenção cirúrgica é uma opção, desde que sejam formulados critérios para especificar os casos em que ela é realmente necessária.