Enviada em: 21/08/2017

O livro Extraordinário relata a história de August que prestes a começar o colégio tinha uma tarefa difícil: convencer os colegas de que apesar da aparência incomum, pois ele nasceu com uma síndrome genética cuja a sequela é uma severa deformidade facial, ele era igual aos outros, análogo a isso temos o padrão de beleza que a sociedade nos impõe como o "certo" e quem não se enquadra nesse padrão não é muito bem aceito. Dessa forma, necessita-se discutir o culto à padronização corporal.       Na pré-história mulheres com carnes generosas representavam o ideal estético e a fertilidade, na contemporaneidade a sociedade impõe que uma mulher bonita tem que ser magra e possuir um corpo torneado. Segundo uma pesquisa realizada pela Dove, mais de 80% das mulheres se sentem pressionadas para atingir a definição de beleza, porém o problema é que esse padrão de beleza é quase impossível de ser atingido, logo resultando em uma sociedade frustada com o que lhe é imposto.    Ademas, na busca desenfreada de atingir o corpo perfeito muitas pessoas se submetem as cirurgias plásticas e a dietas radicais, na maioria das vezes de forma indiscriminada, podendo até colocar suas vidas em risco. Porém, o que a sociedade não enxerga, ou finge não vê, que o corpo humano apresenta vários biotipos, logo, é injusto eleger um tipo de padrão para legitimar o que é ser belo.    Para que se atenue o cenário problemático, portanto, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) deverá regular propagandas que estimulem adesão de padrões estéticos estritos, assim irá prover a pluralidade de formas, além disso os Conselhos Regionais de Medicina podem ser instrumentos de monitoramento no que tange as cirurgias plásticas evitando o excesso oferecendo denúncia, e também realizar nas escolas palestras educativas, administradas pelos professores, que abordem o tema.