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Enviada em: 15/08/2017

Conforme a tradução da música “Born this away – by Lady Gaga” – Não há nada de errado em amar quem você é, pois ele te fez perfeita querida. No entanto é inegável a existência da conivência, pela grande maioria da população, à coerção ditatorial de beleza que a cultura midiática exerce sobre a realidade civil. Dessa forma, a ânsia por alcançar o “padrão” impulsiona o mercado ligado à manutenção corporal e contribui para o desencadeamento de doenças e transtornos alimentares ligados ao culto corporal.  Primeiramente, é necessário discorrer que os padrões de beleza são determinados pelo contexto histórico e cultural. Alguns séculos atrás na pintura “O Nascimento de Vênus” de Botticelli, trouxe a idealização da deusa do amor e da beleza com uns quilinhos a mais o que denota que nesse período o corpo magro não era um sinônimo de beleza. Além da “beleza” ser determinada através da história, a cultura é um fator determinante; na tribo tailandesa Karen Padaung, por exemplo, é pregado que a beleza feminina está no número de argolas que as mesmas possuem em torno do próprio pescoço, esse hábito das mulheres pescoço-de-girafa é muito diferente do disseminado pelos sofistas ocidentais: corpo magro e com curvas. Conforme as novelas, filmes, propagandas e as passarelas da moda ditam os padrões de beleza, as pessoas que não se adaptam a essa “seleção natural” se tornam vitimizadas e instigadas a conseguir a aceitação. Em virtude desta, submetem-se ao mais tortuosos e arriscados meios como dietas loucas que por vezes geram distúrbios alimentares, procedimentos cirúrgicos, uso medicamentos e cosméticos que prometem milagre, porém só servem para alimentar o consumismo e gerar insatisfação, depressão, ansiedade e em casos mais graves até a morte.  Portanto, medidas são cabíveis para mudar esse cenário. O Ministério da Cultura juntamente com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) devem instigar as propagandas midiáticas, assim como os setores ligados à moda, televisão e cultura pop a promoverem a diversidade de aparências. Outrossim o Ministério da Educação aliado as escolas deveram realizar palestras educativas, ministradas por professores e educadores, que abordem o tema. Com isso será possível desmistificar a busca desmedida e exacerbada pela perfeição corporal e abraçar quem realmente somos.