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Enviada em: 15/08/2017

Os transtornos alimentares e a padronização da beleza estão interligados e cada vez mais presentes na sociedade brasileira. Assim como diversos fatores, o culto ao padrão corporal possui um papel incentivador aos transtornos alimentares que, por sua vez é acentuado devido aos padrões de beleza impostos pela mídia. Por isso cabe aos meios de comunicação e comunidade se unirem para amenizar as inseguranças encontradas por essas pessoas.  Tal culto é alimentado pelas revistas, pois possuem, estampadas em suas capas, pessoas com corpos esculturais, peles sedosas e brilhantes. Sabe-se, que com o grande avanço tecnológico, todas aquelas imagens passam por tratamentos em photoshop, o que torna cada vez mais utópica a beleza perfeita. Para ser aprovado pelo coletivo "padrão", chega a se considerar realizar todos os métodos possíveis (mesmo que inviáveis) para atingir o padrão e se tornar membro do grupo, e assim, não sofrer discriminação ou exclusão pelo grupo. Aspirando a perfeição imposta pela mídia, homens e mulheres estão diariamente nessa luta com a balança e o espelho, buscando desde dietas rotuladas como "da moda" e "perfeitas", até cirurgias plásticas. Em uma pesquisa realizada pela Edelman Intelligence, 83% das mulheres no Brasil se sentem pressionadas a atingir a definição de beleza.  Além disso, com a busca de dietas e de corpos perfeitos, se desenvolve um quadro de transtorno alimentar (anorexia, bulimia ou vigorexia), tendo sérias consequências para a saúde desta, como perda de peso excessiva até o uso de anabolizantes. Do mesmo modo, esses transtornos afetam nas relações sociais do individuo que, por exemplo, na anorexia a pessoa deixa de ir a confraternizações e Buffet, procurando não se alimentar. A alimentação pobre em vitaminas e nutrientes, pode deixar com mais facilidade o ser humano estressado e nas mulheres, é prejudicada a menstruação, desenvolvendo a osteoporose prematura, diminuição do ritmo cardíaco, baixa pressão arterial e até pode levar à morte.  Em suma, o combate ao culto à padronização corporal no Brasil se mostra crucial, devido as consequências multidimensionais que ela apresenta, associada ao tratamento dos transtornos alimentares. Assim sendo, já que a mídia influência nos hábitos da sociedade, ela deve servir como meio para sua conscientização, através de propagandas e anúncios na televisão e em redes sociais, abordando os riscos a saúde de pessoas que se submetem ao uso de meios e substâncias para transformarem o corpo, e as educarem para retirar essa ideia de que pra serem felizes precisam seguir um padrão de beleza. Nesse sentido, o tratamento dos transtornos se da por um trabalho com diversos especialistas como psicólogo, psiquiatra, nutricionista e um educador físico atuando no comportamento  físico e alimentar da pessoa ou que use as ferramentas Brainspotting e EMDR.