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Enviada em: 28/08/2017

A antítese do externo e interno        O corpo é o principal instrumento de comunicação e posicionamento do homem no mundo social onde nos relacionamos e expressamos nossas vontades. No Brasil, o século XXI, vem sendo marcado pela contínua valorização ao corpo humano. Este fenômeno, pode ser ilustrado por fatores comportamentais e históricos que mostram a importância de se considerar a imagem corporal como reflexo de um processo cultural influenciado ao meio que está inserido.       Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, o corpo somado à sua linguagem funcionam como distinção social, ou seja, é o intermédio do indivíduo com o meio externo. A partir do momento que é feita uma representação ideológica, observa-se um juízo de valor sobre o que a figura corporal simboliza. O que caracteriza esse fato são as propagandas publicitárias que, vendem uma imagem com um conteúdo, muitas vezes, não condizendo com o que é apresentado.     Sob outra perspectiva, atualmente, no Brasil, é possível notar sua formação por uma mistura de culturas. Porém, em meados do século XIX, o processo de eugenia teve como objetivo a padronização da população utilizando a política do branqueamento como forma de se atingir uma nação "evoluída" social e economicamente. O que reforçou esse cenário foi a concepção nazista com o rótulo da raça ariana como superior e "perfeita". Com o surgimento da ONU (Organização das Nações Unidas), essas teses racistas foram desconstruídas.      A fim de que se mitigue esse cenário contínuo, portanto, torna-se fundamental a atuação da CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) como reguladora das propagandas midiáticas que induzam a adoção de um padrão corporal. Outro caminho seria o aperfeiçoamento legal para casos de racismo ainda existentes no país aumentando a pena a se cumprir, surgindo assim, chances de se obter uma sociedade com hábitos mais igualitários.