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Enviada em: 19/08/2017

Na Grécia Antiga, onde se valorizava jogos olímpicos e treinamentos militares, o padrão de beleza era corpos definidos e musculosos. Durante o Renascimento, por sua vez, exaltava-se aquele que possuia excesso de gordura, pois indicava ostentação alimentar. Percebe-se, com base nos dois exemplos, de que a existência de padrões corporais é algo histórico e reflete o modo de vida e a cultura das sociedades. Entretanto, cabe destacar que o padrão existente hoje no Brasil vem desencadeando consequências maléficas na vida de muitos indivíduos.  Com o advento do capitalismo e, por seguinte, o consumismo, a sociedade passou a se estruturar em torno destes. Sendo assim, o padrão de beleza existente tem como base a necessidade de consumir produtos e serviços para alcançar o corpo perfeito. A mídia, principal agente responsável por divulgar a indústria da beleza, vende aos indivíduos a ideia de que só se pode ser feliz tendo determinadas características, por exemplo sendo magro.  Entretanto, por detrás das câmeras da mídia, não se é divulgado o esforço e os malefícios que modelos enfrentam para se chegar a tais resultados corporais. Atingidos pela ilusão de felicidade através de padrões de beleza e facilidade para alcançá-los, muitas pessoas, incapazes de se adequarem a esses parâmetros por variados motivos, arcam com baixa autoestima e autoconfiança que, por sua vez, podem levar a consequências drásticas, como a anorexia e a bulimia. A busca pelo corpo ideal, portanto, pode resultar em diversas consequências: da infelicidade à transtornos alimentares. A existência de tantos casos dessas doenças no Brasil, revela o quanto o modelo de beleza atual divulgado é nocivo e, sendo assim, deve ser discutido e repensado. O Estado brasileiro é o principal agente que pode combater a situação por dois viés: controlando a atuação exarcebada da mídia ao transpor a ideia de corpo perfeito para que se consuma produtos e tratamento multidisciplinar para transtornos alimentares através do SUS.