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Enviada em: 20/08/2017

A procura pela forma física perfeita não é exclusividade das sociedades contemporâneas, visto que concursos de beleza existem desde a Grécia Antiga, porém, nas últimas décadas o culto ao corpo tem se apresentado de forma ditatorial,  abrindo espaço para a discussão sobre os limites da busca desenfreada pela beleza e os prejuízos decorrentes dessa.       O padrão estético ideal é imposto diariamente. Revistas, programas de televisão e redes sociais funcionam como verdadeiras fábricas de novos moldes de aparência, atravessando tanto faixas etárias quanto sociais, e os que não se adaptam as tendências evidentes,seja por questões financeiras ou por insatisfação com os resultados, são abalados psicologicamente e tem seu rendimento escolar ou de trabalho comprometidos.       Outro ponto que não se pode esquecer é a contribuição das mídias de comunicação para que esses esteriótipos sejam perpetuados. Os influenciadores digitais, se tornaram uma das melhores formas da indústria de consumo alcançar seu público-alvo. Com 35 milhões de usuários no Brasil, por exemplo, o aplicativo Instagram conta com inúmeros perfis que promovem um estilo de vida saudável,  todavia esses obtêm grandes lucros através da publicidade de produtos emagrecedores e procedimentos estéticos.       Já se encontra campanhas em prol da pluralidade dos biotipos corporais, contudo, ainda assim é preciso repensar os limites da vaidade. São necessários programas sociais do governo do país em parceria com as administrações estaduais, que informem a população sobre os benefícios da reeducação alimentar e a prática de atividades físicas, com o apoio de profissionais adequados.  Além disso, fiscalizar as clínicas de cirurgias plásticas com maior rigor deve ser uma prioridade para que os procedimentos sejam realizados em segurança e com os recursos essenciais. Assim, talvez os indivíduos se libertem de uma visão limitada do que é ser belo.