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Enviada em: 20/08/2017

Sabe-se que uma das maiores preocupações do homem sempre foi construir uma padronização corporal ideal. Segundo o site "Abril de mulher", cerca de 83% das mulheres brasileiras se sentem pressionadas a atingir a definição de beleza. Porém, o que é ser belo? Essa dúvida tem gerado uma série de consequências, tanto psicológicas quanto fisiológicas. É preciso ressaltar, de início, que essa busca desenfreada pela perfeição tem deixado a sociedade doente. Isso por que, como diria Max Weber, as pessoas lutam constantemente para atingirem os "tipos ideais": alguns parâmetros criados pelo homem para analisar a sociedade. Entretanto, como já foi dito na própria expressão, esses tipos são totalmente idealizados, sendo de extrema dificuldade atingi-los. Dessa forma, o homem acaba adquirindo doenças neuropsíquicas, como a depressão e a ansiedade, as quais impedem a qualidade de vida e a própria saúde do homem. Logo, é preciso que se entenda que todos esses esforços não serão o bastante para atingir essa idealização e por isso devem ter como meta principal a saúde, não apenas perfeição corporal.  Além disso, é possível observar casos mais graves que geram doenças fisiológicas. No Brasil, por exemplo, muitos homens e mulheres acabam cometendo atitudes que comprometem a homeostase do próprio organismo, como casos de bulimia, dietas desumanas, uso de esteróides e anabolizantes. Todos esses esforços chegam a ser um mistério, tendo em vista que o brasileiro possui, em sua genética, corpos que chamam a atenção em todo o mundo. Logo, é possível concluir que, de fato, o ser humano nunca estará satisfeito o bastante com o próprio corpo. Enquanto ele não chegar ao ponto de ser como Narciso, o jovem mitológico que apaixonou-se ao ver sua própria imagem, ele continuará lutando nessa competição incessante, cujo princípio não é nada saudável.  Pode-se perceber, portanto, que definir a beleza não é algo muito fácil. Afinal de contas, as consequências mostram que nem todas essas atitudes tornam, no final, o indivíduo "belo". Assim, investimentos midiáticos, através de novelas ou propagandas, precisam informar aos seus respectivos consumidores sobre os riscos e danos ocasionados por esse palco ilustrativo da aparência humana, conscientizando-os que o excesso nem sempre é a melhor opção. As prefeituras poderiam organizar centros de atendimentos a indivíduos portadores de alguma desses doenças já mencionadas, oferecendo-lhes tratamentos com psicólogos, nutricionistas e gastroenterologistas, os quais trabalharão com a proposta de atingir, principalmente, a saúde do indivíduo, utilizando meios que não coloquem a vida do paciente em risco. Assim, a sociedade poderá agir de forma a combater as tipologias criadas, aceitando a si mesmo e ao outro da forma como ele é.