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Enviada em: 20/08/2017

A década de 80 foi a precursora da moda, expandida através dos meios midiáticos. Surgiu também revistas, como Boa Forma e Corpo a Corpo, que exaltavam um tipo físico perfeito e único para todos. Porém, a busca pelo padrão corporal tornou-se um caso de saúde pública, levando muitas pessoas a distúrbios mentais e a perda da individualidade de cada um na sociedade.        Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, cerca de 77% dos jovens têm propensão a distúrbios alimentares. A bulimia, anorexia e vigorexia são problemas psicológicos desencadeados pela obsessão de ter um físico igual tanto quanto aquele que é exposto em novelas e campanhas publicitárias. Muitas vezes as mídias, são meios que propagam imagens de corpo perfeito e eterna juventude, padrões de beleza e aparência que acabam atingindo toda a sociedade. De alguma forma, o indivíduo tenta suprir as pressões sociais e pode acabar doente.         O sociólogo francês Pierre Bourdieu fala que a linguagem corporal é marcada pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos. Quando uma pessoa decide seguir um padrão de beleza acaba perdendo sua individualidade e identidade. Na medida que não consegue se encaixar e tem dificuldade de auto aceitação, muitas pessoas desenvolvem depressão e podem até cometer suicídio.         Logo, percebe-se a gravidade do culto à padronização da beleza. Além de tornar os indivíduos mais propensos a distúrbios alimentares e psicológicos, alguns perdem sua própria personalidade. Sendo assim, seria bom que o CONAR estabelecesse uma lei na qual as campanhas publicitárias seriam obrigadas a mostrar todas as formas de corpo e físico, exibindo a abrangência da beleza que existe. Ademais, escolas e órgãos públicos deveriam estimular a autenticidade de seus alunos e profissionais, respectivamente, afim de que eles se aceitem da forma que são e não acatem a massificação midiática.