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Enviada em: 16/08/2017

A indústria da beleza utópica se instalou no Brasil, surgindo o culto a padronização corporal. A saber, na Grécia Antiga já se fazia culto ao corpo humano, valorizava-se sua forma e beleza, o que pode ser visto em suas esculturas e obras de arte. Em consonância, na contemporaneidade, resgata-se os valores clássicos da beleza humana, entretanto, em terras brasileiras, muitas vezes busca-se um padrão irreal e inatingível de beleza e objetiva conquistá-lo sem esforço. Diante disso, torna-se passível de discussão o padrão de beleza estabelecido pela indústria e os riscos a saúde por práticas extremas de embelezamento do corpo.    Assim, a saúde e beleza tornaram-se uma indústria e fazem a padronização do processo produtivos para gerar lucro, tal qual o Fordismo, com produção em série. Portanto, cria-se um padrão idealizado de beleza, corpos magérrimos e ultramusculosos, por exemplo, e vendem esse padrão atrelado a venda de produtos e equipamentos para consumo, através de revistas, internet, televisão. Com isso, desenvolve-se um padrão cultural que é disseminado, segundo Durkhei, por instituições coercitivas, que vão impor determinado pensamento e comportamento ao indivíduo. Como fruto, acaba-se comprando esse ideal utópico, para realizar um sentimento de pertencimento de grupo,  e para atingir esse objetivo idealizado, realiza medidas extremas e rápidas, como cirurgias, anabolizantes e dietas.    Essa busca pelo padrão de beleza muitas vezes leva a problemas de saúde, tendo em vista que a maioria quer resultados sem esforço. Segundo dados do Ministério da Saúde, é crescente o número de cirurgias estéticas, de doenças, como câncer, causados por anabolizantes, e de mortes provocadas por procedimento de lipoaspiração. O corpo, tal como é idealizado, só é conseguido attravés de cirurgias plásticas, lipoescultura, uso de anabolizantes, somado a dietas com malefícios a saúde, gerando assim, um problema de saúde pública no Brasil.    Em suma, os problemas gerados pelo culto exagerado ao corposão uma realidade e devem ser combatidos. Para tanto, cabe ao Governo Federal construir nas cidades praças com equipamentos para atividade física. O Ministério da Saúde deve promover campanhas informando sobre os riscos para saúde gerado pelo uso de anabolizantes. Em paralelo, o terceiro setor deve, através de palestras e discussões, sensiblizar a população para a prática saudável de esportes, e mobiliza-la, para cobrar do poder público, a construção de equipamentos para realização de atividades físicas. O cidadão, por sua vez, deve buscar acompanhamento médico e nutricional, para um dieta saudável, assim como, buscar na sua cidade espaços para realização de atividades físicas, promovendo assim, uma melhoria física e mental, como resultado, melhoria da qualidade de vida.