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Enviada em: 21/08/2017

Michelangelo. Botticelli. Rafael. Os pintores renascentistas tencionavam reproduzir a realidade, sob a influência do modelo de beleza grego; no qual a simetria facial unida as proporções perfeitas do corpo exaltavam o "homem" em todas as suas formas e especificidades. O protótipo ideal, no entanto, consolidado no contexto atual brasileiro, afetou significativamente a dinâmica sociocultural e econômica do país.     Precipuamente, é fundamental pontuar a negligência acadêmica quanto á abordagem temática nas instituições de ensino; "o homem, mais do que formador da sociedade, é o produto dela", a afirmação de Durkheim transparece que as exigências aos esteriótipos  então nitidamente associados a uma identidade nacional de forte culto á padronização estética, a qual promove, diretamente ou não, diversas disfunções civis, tais como bullying, preconceito, baixo autoestima e exclusão social.   Convém ressaltar ainda que a coisificação e comercialização corporal permanecem intimamente impregnados no modo de produção capitalista. Novelas, revistas, aplicativos pessoais e estratégias publicitárias "bombardeiam", regularmente, a cerca das imperfeições e limitações naturais, o que desenvolve consequências sérias saúde; distúrbios alimentares (bulimia e anorexia), cirurgias plásticas desnecessárias, automutilação, depressão e obsessões são os reflexos mais frequentes a super valorização ao padrão.    É notória, portanto, a influência de fatores educacionais e estratégias consumistas na problemática aludida. Nesse contexto, tornou-se fundamental a reconfiguração dos Parâmetros Curriculares Nacionais, implementando - em séries do Ensino Fundamental e Médio - disciplinas  ludicamente adaptadas a noções de saúde, diversidade étnica e autoaceitação ,propiciando condições de desenvolvimento crítico e humanitário eficazes. Ademais o CONAR em consonância com a Polícia Federal devem regular projetos midiáticos que estimulem a capitalização estética, afim de minimizar o danos e garantir a valorização da obra-prima mais bela, a vida.