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Enviada em: 17/08/2017

O Corpo perfeito nem sempre é o corpo saudável.           Durante o fim dos anos 90, a indústria de aperfeiçoamento corporal voltada à hipertrofia muscular cresceu exponencialmente. Ao mesmo tempo, correntes contrárias promoviam o avanço do culto ao corpo "modelo", levando à população um problema antes pouco comentado, a anorexia. Influência midiática de cunho à valorização do corpo perfeito, juntamente com o acesso cada vez mais facilitado de medicamentos e serviços estéticos, tornam essa questão um problema de saúde generalizado.           Uma pesquisa da empresa Dove, realizada em 2016, aponta dados preocupantes: Cerca de 83% das mulheres no país sentem a necessidade de possuir o corpo perfeito. Mas, o que seria o corpo perfeito propriamente dito? Trata-se de um vício de padronização adquirido no século passado. Modelos internacionais que desfilam pelo mundo causam inveja em adolescentes que almejam ter a cintura muito fina, e então passam a comer cada vez menos, prejudicando seu corpo e sua vida social - pois se desligam de eventos sociais ligados à alimentação. Desse modo, problemas como a anorexia se desenvolvem em escala sobrecomum, muitas vezes passando despercebidos pelos próprios familiares da vítima.           Contudo, nem todos os problemas relacionam-se à busca pela magreza extrema. Os chamados "bodybuilders" das academias do país mostram como o abuso de suplementos e anabolizantes prejudica o corpo e a mente, em busca da hipertrofia muscular. Muitos alegam que possuem total controle e entendimento do que fazem, embora grande parte adquira seus medicamentos por vias ilegais. Injetar hormônios no corpo, sem orientação médica, pode levar à perda de membros e funções genitais, além de inutilizar parte do sistema endócrino por toda a vida.            De acordo com Helen Keller, "O resultado mais sublime da educação é a tolerância", ou seja, deve-se buscar a conscientização de toda a população para que ainda mais pessoas evitem a armadilha do "corpo perfeito", acarretando danos corporais, muitas vezes crônicos.           De acordo com os fatos, percebe-se a importância da conscientização da população para reduzir os casos de pessoas que perdem qualidade de vida na busca do corpo perfeito. Ações como campanhas disseminadas em academias, hospitais e drogarias devem ser voltadas tanto para os problemas da magreza extrema quanto da hipertrofia muscular excessiva. Também deve-se criar, a partir de fundos governamentais, centrais de apoio às pessoas com problemas psicológicos relacionados a não aceitação corporal, para que assim, todos possam desfrutar sempre de uma vida saudável.