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Enviada em: 21/08/2017

A globalização, processo de integração mundial, trouxe consigo um grande aparato tecnológico e desenvolvimento dos meios de comunicação. A mídia, com seu poder de persuasão, impõe uma padronização corporal à sociedade. Dessa forma, é imprescindível discutir sobre o que leva os indivíduos a seguir tais padrões e quais as consequências geradas por essa busca idealizada de beleza.           Sabe-se que a aversão ao diferente existente no meio social, sendo uma herança das nações imperialistas, que usavam o argumento de superioridade para submeter outros povos aos seus domínios. Ainda hoje, no círculo social, é comum práticas que visam humilhar aqueles que fogem do padrão imposto pela sociedade. Na busca de uma aceitação as pessoas se submetem a procedimentos estéticos desnecessários e a dietas sem o acompanhamento de um profissional, que pode ocasionar transtornos alimentares, como a bulimia, ou ainda, doenças, como a osteoporose, devido a falta de nutrientes e transtornos psicológicos, a exemplo da depressão, que pode culminar no suicídio da vítima.          É pertinente ressaltar que o estímulo ao ideal de beleza feito pela mídia tem como objetivo atender aos interesses do mercado estético e de fármacos. Desse modo, é cada vez mais comum a criação de remédios para emagrecer, cremes faciais e redutores, assim como processos de intervenções cirúrgicas frequentes no mundo todo e que tem como foco principal os adolescentes. Esses procedimentos, quando em elevadas quantidades, podem causar problemas, por exemplo, o caso da modelo Andressa Urach, que sofreu uma infecção generalizada a partir do uso abusivo de hidrogel e PMMA.            Diante do exposto, é necessário quebrar o paradigma da padronização corporal. Para tanto, é preciso que a mídia crie anúncios publicitários que exalte as outras formas de ser belo. Já as escolas, devem elaborar atividades que incentivem a interação social e formem jovens que saibam respeitar o diferente. A família, por sua vez, precisa, por meio do diálogo, conscientizar os menores a respeitar o tempo, desenvolvimento e o limite de seu corpo, evitando os excessos.