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Enviada em: 17/08/2017

Ao retornar a Grécia Antiga, observa-se que o culto ao corpo perfeito era muito evidente. Já no contexto moderno brasileiro, é notório a constante busca pelo corpo ideal imposto pela sociedade e mídia, já que o Brasil está entre os principais países que mais realizam procedimentos estéticos no mundo. Nesse cenário, é válido analisar o culto à padronização corporal no Brasil, bem como, suas consequências no âmbito social e da saúde.        A priori, há décadas a Indústria da cultura e do consumo vem trabalhando para padronizar preferências, culturas e imagens. Com isso, a mídia é a grande responsável por promover a ideia de um corpo perfeito e padronizado, para que assim, sua produção possa ser em massa e atingir o maior número de pessoas, além de incentivar a indústria farmacêutica a comercializar produtos de estética. Contudo, essa ilusão vendida acarreta em terríveis consequências para os indivíduos, pois ao acreditar que precisam se encaixar nos moldes vendidos pela mídia, abdicam da sua saúde mental, desenvolvendo problemas de auto aceitação, depressão e até suicido, devido a essa pseudoverdade de corpo perfeito        Outrossim, o culto a padronização corporal atinge a saúde física das pessoas, em destaque as mulheres. De acordo com dados da pesquisa “Há uma beleza nada convencional”, mais de 80% das mulheres de 18 a 47 anos se sentem pressionada a atingir certo nível de beleza. Dessa forma, cresce o número de distúrbios alimentares ocasionados por essa padronização, como, por exemplo, a anorexia, bulimia e tantos outros. É válido ressaltar, que essas doenças são graves e podem levar a morte, todavia, são poucas discutidas na esfera pública e nas mídias brasileiras.         Infere-se, portanto, que o culto a um padrão de beleza é um mal na sociedade e necessita ser combatido, pois, segundo Imannuel Kant, o futuro depende daquilo que fazemos no presente. Assim, cabe ao Ministério da Educação em parceira com o da Saúde, promover campanhas anti estereótipos nas escolas e mídias que aceitarem – apresentando que cada diferença é uma forma de beleza e que todas são válidas- Visando, assim, reduzir as pressões que a sociedade, assim como, alertar dos sintomas de doenças impulsionadas por essa padronização, incentivando buscar ajuda o mais rápido possível. Ademais, cabe a ONG’S irem até as escolas oferecer palestras aos alunos e comunidades acerca do tema, com proposta de conscientizar os jovens sobre os perigos de acreditarem nas mentiras de uma beleza única. Realizando gincanas e atividades práticas de maneiras que ressaltam as qualidades individuais.