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Enviada em: 23/08/2017

A busca incessante pelo corpo perfeito remonta à Antiguidade,mas que está sendo um destaque na atualidade. Esse fenômeno, conhecido como corpolatria, é resultado de uma sociedade narcisista e influênciada pela mídia que, por sua vez, impõe um rígido padrão de beleza. Tal padrão é uma ferramenta de discriminação social que pode gerar riscos à saúde, o que justifica, portanto, a necessidade de repensar os limites da vaidade. Desde a Grécia Antiga, o culto ao corpo tornou-se uma questão tão importante que originou até os Jogos Olímpicos . Nessa competição, o vigor físico e a perfeição corporal tornaram-se critérios de beleza, da mesma forma que, no mundo contemporâneo, essas características são usadas como sinônimos de “status” e, até mesmo, vantagem profissional. No âmbito profissional, as empresas contratantes usam a imagem como critério de seleção de candidatos, além de controlarem, em excesso a aparência dos funcionários por temerem que sejam associados negativamente aos seus produtos e serviços. Essa cobrança ajuda a explicar as recorrentes intervenções estéticas por medo da exclusão social. O Brasil lidera em procedimentos estéticos com mais de 905 mil cirurgias, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, que revela a obsessão brasileira pela beleza. Mesmo que os procedimentos estéticos possam melhorar a autoestima, vale ressaltar que grande parte desses procedimentos podem causar danos ao corpo e, sobretudo, à mente. Fica evidente, portanto, a necessidade de estabelecer limites à vaidade excessiva, através dos meios de comunicação que, em vez de exibirem propagandas de incentivo à perfeição física, poderiam divulgar treinos e dietas saudáveis, de fato. Outro fator importante é punir legalmente através do Poder Judiciário juntamente com a policia as empresas que discriminam funcionários em função da aparência. Dessa forma, a saúde ocupará o primeiro plano, em vez da obsessão pelo físico. Por fim, de acordo com o filosofo Sêneca: “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.”