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Enviada em: 21/08/2017

No filme "O mínimo para viver", a personagem Ellen enfrenta uma séria anorexia, causada pela incessante busca pelo corpo perfeito. A longa metragem apela para cenas fortes e mostra os riscos dessa e diversas outras doenças alimentares. Longe das telas, a realidade não é diferente: a pressão para se encaixar nos padrões de beleza impostos pela sociedade, faz com que muitas pessoas sofram diariamente com fortes distúrbios nutricionais.  Primeiramente é preciso analisar as causas desse problema. O desejo de possuir um "corpo perfeito" vem de padrões enraizados na sociedade através da mídia, com propagandas que mostram apenas um tipo de corpo, considerado ideal. Segundo uma pesquisa feita pela empresa de produtos corporais Dove, cerca de 87% das mulheres brasileiras sofrem com esse tipo de pressão, muitas delas optando por saídas como dietas rigorosas ou comportamentos inadequados para emagrecer, levando a doenças como anorexia, bulimia ou vigorexia.  O que impede essa questão de ser resolvida, é a dificuldade de reconhecimento da doença. Em outras palavras, a família ou amigos do paciente demoram a perceber que algo está errado, o que faz com que seja mais difícil solucionar o problema. Além disso, o tratamento deve ser feito com o acompanhamento de diversos profissionais, como psicólogo, nutricionista, psiquiatra e educador físico, e muitas vezes essa ajuda não é procurada.  Muitos desses distúrbios aparecem na adolescência, tendo como uma das causas uma baixa autoestima. Isso pode ser prevenido desde a infância com o apoio dos pais, através de conversas, educação alimentar e física adequadas. Outra solução seria um maior controle do Conar sobre as propagandas veiculadas no país, de forma a conter publicidades que cultuem o "corpo perfeito", como propagandas com pessoas consideradas abaixo do peso e atividades que incitem uma vida não saudável.