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Enviada em: 20/08/2017

Na Alemanha do século XX, Adolf Hitler elegeu a raça ariana como a "mais pura". Desencadeando a partir disso, uma série de atos para torná-la padrão no mundo. Atualmente, análogo a esse fato, há outro tipo de homogenização, que ocorre por meio da eleição, pela indústria brasileira, de características consideradas como ideais, incluindo as corporais. Isso ocorre em decorrência de falhas midiáticas e educacionais.      Em primeira análise, é válido destacar que a mídia conduz a sociedade a possuir o padrão corporal estabelecido pela política e economia. Esse aspecto pode ser comprovado na Era Vargas, onde o rádio e os jornais disseminavam a prática de exercícios físicos vinculada a corpos malhados e bonitos, de modo a influenciar as pessoas a tê-los como forma de aceitação social. A consequência disso, é que ao não atingir o objetivo de corpo, as pessoas acabam ficando frustadas e desenvolvem doenças como anorexia, bulimia e até mesmo depressão.      Ademais, as escolas não possuem ações eficazes em prol de preparar os alunos para os padrões físicos impostos pela mídia. Isso contraria acadêmicos como José de Alencar que desde o século XIX trouxe para a discussão a temática do corpo feminino natural no seu romance Senhora. Dessa forma, a ausência de debates e palestras informacionais implicam na absorção, por parte dos alunos, dos padrões de beleza e na formação de jovens complexados com seus corpos, mesmo que saudáveis.       É notório, portanto, que a problemática ocasionada pela padronização corporal é existente no Brasil e medidas são necessárias para resolvê-la. Destarte, é necessário que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) promova encontros com as empresas responsáveis pelos meios de comunicação a fim de se discutir e atenuar a questão causada pela divulgação de modelos físicos ideais. Além disso, é preciso que o MEC adicione à grade curricular conteúdos que estimulem a discussão do problema entre alunos e professores. Surgem, assim, oportunidades de promovermos uma sociedade mais equilibrada.