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Enviada em: 18/08/2017

Saúde versus aparência       A imagem corporal sempre foi considerada importante na sociedade. Desde a pré-história até a contemporaneidade, a forma do corpo acompanha o processo de mudança das atividades e da cultura de cada época. Tal processo é considerado natural, entretanto, quando leva ao aparecimento de problemas de saúde, principalmente entre os jovens, gera grande preocupação, com necessidade de intervenção.       Para os povos pré-históricos, que tinham a caça como meio de sustento, e os gregos, que utilizavam a força física nas guerras, é natural que haja um culto à forma musculosa, como pode ser verificado em desenhos rupestres e estátuas. Tal fato é coerente por se tratar de algo intrínseco ao modo de sobrevivência.       Contudo, a realidade atual segue rumos bem diferentes e preocupantes. O culto à forma perfeita está sendo supervalorizado, o que gera pessoas cada vez mais insatisfeitas com o corpo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em 2012, mais de 91.000 jovens entre 14 e 18 anos realizaram procedimentos estéticos.       Além da submissão aos procedimentos cirúrgicos cada vez mais cedo, os jovens ainda enfrentam graves doenças psíquicas como anorexia e bulimia. Dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, mostram que em 2012, a rede pública ofereceu tratamento a 1.220 pacientes com tais desordens. Um número que vem crescendo a cada ano.       Portanto, algo deve ser feito para minimizar essa situação. A Secretaria de Saúde poderia realizar uma busca ativa de jovens com desordens alimentares nas escolas. Por meio da ação conjunta com psicólogos que os entrevistariam de maneira individual, o problema pode ser identificado na fase inicial, com grandes chances de sucesso no tratamento.