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Enviada em: 18/08/2017

Orgulho pitagórico Pitágoras, grande matemático grego, diz em um momento célebre de sua vida que é preciso educar as crianças para não ser necessário castigar os homens. Quiçá, hoje, ele percebesse oportuna sua citação. A postura de muitos brasileiros frente ao culto à padronização corporal é uma das faces mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge a problemática dos distúrbios alimentares, ligada profundamente à realidade do país.     É indubitável que a propaganda e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Conforme Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a referida preocupação com o físico evidencia essa ideia; haja vista que, embora esteja previsto na Constituição o princípio de isonomia, no qual todos devem ser tratados igualmente, muitos cidadãos se utilizam da mídia para propagar padrões equivocados dentro do corpo social.     Segundo pesquisas, cerca de 77% dos jovens brasileiros tem propensão a distúrbios alimentares. De acordo com Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Nesse sentido, nota-se que o culto à padronização corporal se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em um ambiente com esse comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivencia em grupo, perpetuando o impasse no Brasil.     Portanto, cabe ao Governo Federal fiscalizar e censurar propagandas abusivas que cultuem qualquer padronização, a fim de atenuar possíveis distúrbios alimentares na sociedade. Outrossim, cabe à escola criar palestras sobre bulimia e anorexia, visando informar ao público jovem seus respectivos perigos. Finalmente, a população deve se mobilizar nas redes sociais, com o fito de conscientizarem a todos sobre os males de tal problemática. Assim, o Brasil poder-se-á criar um legado de que Pitágoras pudesse se orgulhar.