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Enviada em: 20/08/2017

Faz parte da natureza humana buscar se encaixar em determinados padrões para que se sinta pertencente a um grupo social. De modo que não seria diferente com o corpo, cujo exemplo de forma física ideal é altamente divulgado pela mídia como sinônimo de felicidade.    Embora hoje o indivíduo seja dono das próprias escolhas, inconscientemente está preso em um universo que limita suas opções. Em alguns povos, a forma física tinha objetivos militares, sociais ou religiosos. A sociedade espartana, por exemplo, era bastante rígida com o cuidado do corpo de seus futuros guerreiros e mães de seus soldados. Hoje, qualquer pessoa pode decidir se quer ir ou não à academia, mas quando opta por ser feliz do jeito que é, magro ou gordo, sente-se intimidado por esse ambiente restritivo criado pela padronização.         A busca pelo corpo perfeito perpassa todas as classes sociais, gêneros e faixas etárias. Na porta de casa um outdoor com pessoas magras e felizes aproveitando as férias. No consultório do médico uma revista exalta a sensualidade de um abdômen definido. No fim do dia, a TV transmite um desfile com modelos magros e confiantes. Dessa forma, pessoas que não possuem corpos dentro dos padrões, sentem-se marginalizados pela sociedade e terminam por sofrer de transtornos alimentares.       Logo, mesmo que problemas físicos e mentais relacionados à forma física atinja todas as faixas etárias, a presença das escolas e dos pais é fundamental. Tendo em vista que são os responsáveis pela educação dos futuros adultos e podem prepará-los para lidar com essa situação caso aconteça durante a vida. Dessa forma, o Ministério da Saúde e da Educação precisam compartilhar logística e verbas para fornecer visitas de psicólogos nas escolas e em palestras com os pais dos alunos.