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Enviada em: 19/08/2017

O “Super-homem” idealizado por Nietzsche é aquele capaz de superar seus limites, elevando-se acima dos padrões da sociedade. Entretanto, no que concerne a cultura corporal imposta, principalmente pela mídia, as mulheres tem sido cada dia mais afetadas, resultando, muitas vezes, tanto em distúrbios psicológicos quanto colocando em risco a própria vida. Sob esse aspecto, é necessário analisar as conseqüências e propor medidas que impeçam seu avanço.     Em um primeiro plano, é preciso perceber que o padrão corporal imposto às mulheres não é um costume atual, mas se difere entre épocas, no período Pré-Histórico, por exemplo, o ideal de beleza era a Vênus paleolítica, com excesso de gordura corporal. No atual século XXI, outros padrões têm sido impostos pela mídia, através de revistas e comerciais, os quais veiculam mulheres com corpos magros, malhados, sem celulites, estrias ou outros tipos de imperfeições aos olhos deles. No entanto, geralmente, tal realidade é uma farsa, tendo em vista um trabalho ludibriador do marketing. Contudo, a exposição de padrões corporais como esses tem enganado muitas mulheres, causando complexos como os de inferioridade, o qual faz a mulher se sentir feia e envergonhada do próprio corpo.      É importante destacar ainda, que por influência desses padrões, aumenta cada vez mais o número de cirurgias plásticas por estética, as quais podem causar consequências irreparáveis. Segundo o Portal R7, ao menos uma pessoa morre por mês em cirurgias plásticas no Brasil. Com base nisso, fica evidente uma problemática nacional conhecida como culto ao corpo, nessa religião às avessas as mulheres sentem-se obrigadas a atingir o padrão de beleza idealizado, recorrendo a usos de silicones, retirada de gorduras, em prol de alcançar-lo. Todavia, percebe-se uma geração de mulheres inseguras que acreditam nas matérias de revistas quando dizem que homens não gostam de bundas pequenas, gorduras localizadas ou flacidez. Logo, acreditando que problemas conjugais e até dificuldades em ter sucesso nos relacionamentos, são conseqüências dos seus corpos.    Deste modo é preciso que haja medidas para desconstruir esses ideais corporais que tem criado mulheres doentes e alienadas. Diante disso, impende ao Conselho Nacional de Autorregulamentação publicitária, rever as consequências dessa ludibriação causada por falsas propagandas, e ao invés delas, promover a disseminação de todos os modelos corporais como belos. Ademais, o poder legislativo deve sancionar uma lei, na qual determine que as revistas devem avisar sobre os “PhotoShops” usados nas fotos e cobrar multas aos que não comprirem. Assim, haverá a possibilidade de uma desconstrução da perfeição idealizada e a construção de “Super Mulheres” elevadas acima do padrão imposto pela sociedade.