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Enviada em: 20/08/2017

Padrão não, diversidade sim!   Desde o Egito antigo consagrou-se na humanidade a busca pela beleza e pelo corpo perfeito. A partir dessa época a maquiagem se tornou utensílio indispensável no dia a dia de homens e mulheres, tanto ela como as perucas, que além de serem usadas para a vaidade e sedução eram utilizadas também para proteção do sol e calor. Essa procura e esforço pelo modelo ideal de corpo e beleza se perpetuam até hoje, dando lugar ao padrão corporal exigido pela sociedade e que muitas vezes acaba por acarretar inúmeros problemas e distúrbios relacionados á imagem corporal.    No Brasil há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 80, onde o corpo ganhou mais espaço. Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência, difundindo valores de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamourosos para o mundo. A televisão também não fica de fora, veiculando imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, novelas, filmes etc. Isso gera pensamentos de que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais.   Tal preocupação com a beleza faz aumentar em grande escala o número de doenças relacionadas aos transtornos alimentares, bem como o número de cirurgias estéticas. Os principais tipos de Transtorno Alimentar são a Anorexia e a Bulimia, e ambos têm como características comuns: uma intensa preocupação como o peso e o medo excessivo de engordar, uma percepção distorcida da forma corporal, e a auto-avaliação baseada no peso e na forma física. Essas alterações se não tratadas e evidenciadas a tempo podem causar problemas maiores como depressão, ansiedade e até suicídio.  Desse modo, faz-se necessário uma melhor regulação das propagandas e mídias em geral que incitem a adoção de padrões estéticos pelo Conselho nacional de autorregulamentação publicitária (CONAR), promovendo a diversidade de aparências. E também é imprescindível por parte do Ministério da educação em conjunto com escolas de rede pública e privada, a realização de palestras educativas ministradas por professores e educadores que abordem o tema e deem ênfase principalmente nas mazelas que isso tudo pode ocasionar. Sendo assim, será mais fácil mitigar a busca desmedida e exacerbada pela perfeição corporal.