Materiais:
Enviada em: 20/08/2017

Beleza ditatorial      O ato de cultivar uma imagem padrão, sendo apresentada como a “beleza verdadeira” pela mídia e redes sociais, pode levar a exclusão social dessas vítimas da sociedade, acarretando em transtornos psicológicos e alimentares nessas pessoas. Além disso, o bullying é uma das adversidades que são ocasionadas pela valorização do corpo, gerando a perda do convívio social nas vítimas.     No Renascimento, por exemplo, o corpo se tornou objeto de estudos, mudando a visão teocêntrica popular para a antropocêntrica. Assim, o corpo gordo era associado a fartura, enquanto o magro era visto como sinônimo de pobreza. Com o advento da revolução industrial e do capitalismo, a visão corporal passou a ser padronizada como uma máquina de acúmulo de capital, sendo imposto pela mídia que, pessoas “fora do peso” são preguiçosas e insensatas, pois, se não fazem boas escolhas para si, não poderão fazer para os outros. Apesar de ser uma atribuição absurda, é ainda muito recorrente na hodiernidade. Com isso, as pessoas que estão fora das referências corporais, sofrem com a exclusão do convívio social, criando transtornos alimentares para solucionar o problema e se sentirem aceitos pela sociedade. Seguidamente, desencadeiam anemia, diminuição da pressão sanguínea e, em alguns casos, levando o indivíduo a óbito.      O bullying, ato de prejudicar outro indivíduo pela aparência que possui, é ainda mais comum com a padronização corporal imposta pela mídia. Sendo praticado desde cedo, crianças que se deparam com essa situação em colégios e outros ambientes, desencadeiam uma timidez excessiva, passando a odiar a si mesmos. Graças a isso, tentam fazer com que seu corpo se enquadre com o protótipo, provocando vômitos após as refeições e distorcendo a própria imagem vista no espelho.   Em suma, medidas são necessárias para a solução do impasse. A observação dos pais no comportamento dos filhos é imprescindível. Qualquer percepção nas mudanças do convívio social das crianças é um grande sinal de que está sendo vítima do bullying. Sendo o diálogo a melhor maneira de reverter a situação. O MEC, em parceria com o Ministério da Propaganda, pode desenvolver campanhas em colégios e nas redes sociais, sobre a importância da autoaceitação e do respeito para com o próximo. O Ministério da Imprensa deve também, vistoriar as influências passadas para a população por meio da mídia. Por conseguinte, o apoio familiar e educacional, em conjunto com profissionais como: psicólogos e educadores físicos capacitados são primordiais para a autoestima dos indivíduos e a criação de uma nova maneira de ver o próximo. Pois, segundo um autor desconhecido: a beleza das pessoas está na capacidade de amar e encontrar no próximo a continuidade do seu ser.