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Enviada em: 21/08/2017

A busca pelo corpo ideal e o culto à imagem surge na Grécia antiga,em que a preocupação com a forma física e intelectual era de extrema importância para seguir o lema "Mente sã,corpo são".Hoje,a preocupação com o corpo,em geral,deixou de ser prioridade da saúde e sim da estética,gerando uma padronização corporal impulsionada pela mídia e indústrias da moda.Gerando danos físicos e psicológicos aos indivíduos que não se encaixam nesse estereótipo.    As redes sociais são os instrumentos mais utilizados para propagar a ideia de padrão corporal.Diariamente,são postados fotos e vídeos de homens e mulheres com corpos esculpidos realizando propagandas e conquistando milhões de seguidores nas redes,fazendo com que essas ferramentas sejam meios de exclusão social,em que os indivíduos que não possuem a estética "adequada" não são notados e "curtidos" e,por conseguinte,omitidos das redes sociais.Para seguir esse padrão,diversas pessoas recorrem à medidas que são prejudiciais à própria saúde,como cirurgias plásticas e tratamentos de alto risco com substâncias químicas.Um exemplo dessa questão, é o caso da modelo Andressa Urach que teve problemas graves de saúde e parou em uma UTI após a aplicação de hidrogel nas pernas.       Além desse viés,a dificuldade da auto aceitação causado por essa pressão estética provoca vários problemas emocionais.Os distúrbios alimentares são as dificuldades mais frequentes,segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA,70 milhões de pessoas no mundo sofrem algum transtorno,possuindo quadros de anorexia,bulimia e vigorexia.Além disso,a indústria da moda colabora diretamente com essa padronização corporal,é comum vermos apenas modelos magros e altos nas passarelas.Além disso,há uma pequena gama de estampas e modelos para tamanhos maiores,fazendo com que isso seja mais uma limitação de quem não está no estereótipo proposto,causando problemas de autoestima e até a depressão.    Fica claro,assim que medidas são necessárias para combater essa padronização corporal.Primeiramente,é necessário que a mídia seja pressionada por Ong's e pela CONAR(conselho nacional de autorregulação publicitária) a fim de diminuir o excesso de rotulação corporal.É preciso,ainda,que haja uma parceria entre família e escola,trabalhando  esses estereótipos com crianças e adolescentes,mostrando que se deve priorizar a saúde e não a estética,para que não cresçam com uma preocupação exacerbada com a beleza.E,por fim,é importante que o Conselho Regional de Saúde regularize e fiscalize a venda de produtos químicos como anabolizantes,hidrogéis e cápsulas duvidosas de emagrecimento.São medidas que,somadas,contribuem para resolver o impasse.  È preciso, portanto, que se reflita sobre essa representação corporal que nos é imposta a cada dia. O primeiro passo deve ser dado pelo próprio indivíduo, sendo mais flexível consigo mesmo e libertando-se dessa visão limitada de beleza. Aceitar-se é um processo de evolução. Na esteira desse movimento, deve estar o apoio dos agentes sociais. A escola precisa levantar esses questionamentos e debater sobre os estigmas corporais. A mídia, por sua vez, deve assumir a sua responsabilidade enquanto formadora de opinião e promover uma reflexão aprofundada sobre o assunto. Quem sabe assim, a sociedade compreenda que a singularidade da beleza está justamente no seu aspecto plural