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Enviada em: 22/08/2017

Na última edição do programa "Rupauls Drag Race", dos Estados Unidos, quatro dos 13 participantes sofriam por não aceitarem a forma dos seus corpos. Entretanto, fora dos programas internacionais, essa é uma realidade configurante do cenário brasileiro contemporâneo; gerando um aumento no número de casos de anorexia e bulimia. Dessa forma, seja pela pressão criada pela mídia, seja pela falta de informação pela população sobre o assunto, esse revés persiste.    É indubitável que loucuras são cometidas em busca do corpo desejado. Por exemplo, a ex participante do Reality Show "A Fazenda", Andressa,  fez várias aplicações de substâncias em seu corpo a fim de conseguir o título de Miss Bumbum, todavia essas substâncias começaram a necrosar a perna da modelo em que quase teve o membro amputado. Esse caso mostra como a mídia, através de novelas, competições, filmes, entre outros, padroniza a beleza. Portanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Edelman Intelligence, cerca de oito em cada dez mulheres brasileiras sentem-se pressionadas a atingir uma definição de beleza.    Outrossim, a falta de informação sobre os transtornos alimentares proporcionam um ambiente propício ao aumento do número de casos de anorexia e bulimia no Brasil. Isto é, a atriz e cantora Anahí, influenciadora de muitos fãs, também sofria de anorexia, ficando sem comer e praticando muito exercício físico aeróbico para entrar num padrão corporal de beleza magra. Também, muitos jovens brasileiros estão adquirindo bulimia, ou seja, comem exageradamente  e logo após, provocam vômitos em si mesmos, tomam laxantes ou diuréticos para conseguirem emagrecer, por não saberem como lidar com esse distúrbio.     De acordo com o exposto, uma das possíveis medidas para combater o impasse seria parar de cultuar à padronização corporal. Isto é, cabe às redes midiáticas colocar personagens com corpos diferentes em posições afins, não padronizando um estilo de corpo como bonito em novelas, filmes e séries. Outra medida seria o Ministério da Saúde propagar anúncios (em cartazes nas ruas, revistas, televisão e internet) apresentando quais são os sintomas de uma pessoa com distúrbio alimentar e mostrando o que fazer, com o número de telefone de profissionais da rede pública, como nutricionistas, educadores físicos, psicólogos e psiquiatras, a fim de tratar esse revés contemporâneo.