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Enviada em: 27/08/2017

PENSO, LOGO NÃO SOU ALIENADO.             A mídia molda o pensamento e a cultura de determinada sociedade. A busca excessiva por um corpo perfeito é desencadeada por propagandas publicitárias. Isso vem causando problemas na saúde pública brasileira, já que existe aumento de doenças como: anorexia, bulimia e até mesmo a depressão.              No século XX, o nazismo influenciou a sociedade alemã, utilizando-se da imprensa. Adolf Hitler manipulou a cultura germânica, visto que a fez pensar que era superior às demais. Não é diferente o que ocorre no atual cenário da moda. A "indústria da beleza" utiliza os meios de comunicações para "emponderar" os brasileiros na busca de um corpo ideal. Ela mostra que o padrão estético é a magreza excessiva. Esse pensamento traz problemas à saúde brasileira, visto que é comum perceber o aumento do números de pessoas insatisfeitas com seus corpos. Isso causa aumento nos casos de depressão, bulimia nervosa e anorexia.               Em uma entrevista concedida ao Jô Soares, Ivo Pitanguy - renomado cirurgião plástico mundial - mencionou que o êxito de uma cirurgia estética ocorria quando houvesse entendimento psicológico da necessidade de seu paciente. Ele relatou que, em muitas ocasiões, seus clientes não necessitavam de procedimentos estéticos, pois eles apresentavam um desejo "doentio" pela busca do corpo ideal midiático. Nesse contexto, há um pensamento consciente de Einstein que deve ser usado na resolução dessa "enfermidade psicológica". Segundo esse físico alemão: " a menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo."                                       Pais, portanto, devem dialogar com seus filhos sobre o modo de como a mídia manipula o pensamento das pessoas na busca de um corpo perfeito. Eles precisam mostrar que a magreza excessiva não é sinônimo de beleza, mas de doença. Além disso, a escola necessita ampliar essa visão de conscientização abordada pelos pais, utilizando teatros e oficinas que estimulem a formação de indivíduos reflexivos. Ou seja, formar cidadãos preparados mentalmente e psicologicamente para que eles saibam discernir se é preciso modificar suas maneiras de pensar ou não. É essencial que o ensino construa um ser que não se deixe ser alienado pelos meios de comunicações. Consequentemente, casos de bulimia, de depressão e anorexia diminuirão. Também é preciso que órgãos públicos e as universidades relembrem aos acadêmicos de saúde a postura adotada pelo célebre Ivo Pitanguy. Por fim, o Estado necessita usar a mídia na formação de uma cultura que preconize a saúde e não a busca doentia de um corpo inatingível.