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Enviada em: 29/08/2017

No século XIX, ocorreu um movimento literário denominado Parnasianismo que abordava nas temáticas das poesias a valorização da estética e da busca da perfeição. De maneira análoga, no século XXI, o culto ao corpo é a questão do momento e prega também as mesmas características desse acontecimento. Entretanto, na realidade brasileira, essa ditadura da beleza pode acarretar sérios problemas a saúde. Destaca-se o papel da mídia como pilar para essa problemática e, desse modo, são necessárias medidas para reverter esse quadro perverso.   Em um primeiro plano, é imperioso ressaltar que a influência midiática intensifica a busca da beleza perfeita. Pode-se perceber essa persuasão em capas de revistas que utilizam de modelos como um padrão a ser seguido. Além disso, a televisão e o cinema contribuem fortemente através de novelas, filmes e propagandas publicitárias, haja vista, na maioria dos casos, os personagens principais como estereotipados. Dessa forma, sem a exibição de diferentes tipos de corpo, o indivíduo não se vê representado e busca diversos métodos radicais, como por exemplo cirurgias plásticas para uma maior aceitação perante a sociedade.   Em decorrência da padronização corporal, propicia diversos riscos a saúde do ser humano. O sociólogo Pierre Bourdieu coloca o consumo alimentar, cultural e a forma de apresentação como modos de se distinguir os demais indivíduos. Sob essa ótica, na sociedade contemporânea há uma crescente preocupação com dietas alimentares e consumo excessivo de cosméticos que leva o consumidor a realizar loucuras para atingir um patamar de beleza. Desse modo, o exagero de cuidados pode gerar sérios problemas, como bulimia e anorexia e pode também aumentar os casos de suicídio, depressão, ansiedade e outras mazelas.   Logo, o excesso de publicidade potencializa a obsessão da busca da perfeição e medidas devem ser feitas para solucionar esse impasse. Evidencia-se a necessidade de O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) regularizar com mair rigidez as propagandas que incitem a adoção de padrões estéticos por meio de investigações e denúncias para promover a diversidade de aparências nos meios de comunicação, além de fomentar no telespectador a noção de que ser diferente é algo positivo. Outrossim, cabe ao MEC levar às escolas públicas e privadas palestrantes aliados a professores para realizar palestras educativas sobre estéticas e cultura a fim de mostrar os malefícios da busca exacerbada de perfeição e também que existem diferentes belezas espalhadas pelo país e no mundo.