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Enviada em: 02/08/2018

Na longa-metragem "Vidas cruzadas", a obra retrata a rotina de uma mulher negra, pobre e empregada doméstica com suas dificuldades de se integrar à sociedade. À vista disso, o filme aborda os desafios de se conviver no corpo social, uma vez que a falta de empatia de se colocar no lugar do próximo e respeitar sua posição é um dos maiores obstáculos. Nesse sentido, as convergências de ideias vêm afastando cada vez mais a comunidade, a qual deveria se unir e respeitar suas diferenças.            Em primeiro plano, segundo Zygmunt Bauman, a individualidade é uma das principais características do pós-modernismo, consequentemente, parte da sociedade tende a não tolerar diferenças. Diante disso, entende-se que os conflitos, sejam eles raciais, econômicos ou de gênero, são causados pelo egoísmo de indivíduos que ignoram a existência de outras realidades. Desse modo, para uma pessoa que não tem empatia, qualquer contato é suficiente para gerar brigas ou discussões, como, por exemplo, um cidadão de poder aquisitivo estável que é contra as verbas governamentais destinadas a alimentação de pessoas pobres como o "Bolsa Família", visto que ele não entende que cidadãos diferentes têm necessidades divergentes e que se ele não precisa de dinheiro para comprar comida, existe outras famílias nessa situação que necessitam de amparo.                 Ademais, de acordo com Tomas Hobbes, o estado de natureza do homem é de conflito e apenas um poder soberano poderia tomar as rédias dessa situação. Dessa maneira, o Estado foi criado justamente para controlar e punir infratores que causam problemas, sejam eles de violência física ou moral. Entretanto, um outro problema atual de se conviver em sociedade, é o papel que as mídias vêm tomando, posto que não existe um poder superior para colocar controle nesse ambiente. Logo, o que deveria ser um meio sociável e cheio  de informação, tornou-se uma ferramenta de agressões que promove o desrespeito, a intolerância e o preconceito, dificultando a vivência em grupo.                     Entende-se, portanto, que cabe à Secretaria de Comunicações, por intermédio de propagandas em redes televisivas, promover uma série de assuntos que causam furdúncio e exibi-los didaticamente, como, por exemplo, a necessidade do auxílio para famílias de baixa renda para o combate não só da fome e da pobreza como do analfabetismo, visto que o projeto "Bolsa Família" exige que todos os contemplados que são menores de idade, frequentem a escola. Além disso, cabe à Polícia Federal, por meio de investimentos em áreas cibernéticas, investir em capacitação para busca de IP's (identificação dos computadores) para que possam encontrar e punir indivíduos que prejudicam o meio social. Dessa forma, além de levar outras realidades pra dentro da casa das pessoas e tentar diminuir o número de conflitos, ainda mostra que mesmo em redes virtuais, a convivência deve ser respeitada.