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Enviada em: 03/10/2018

O ser humano é por essência um animal social. Porém, com o advento da tecnologia a noção de coletividade se tornou menos evidente. O primeiro distanciamento entre as pessoas ocorreu com a entrada das máquinas no mundo do trabalho e o segundo com a substituição das interações pessoais presenciais por conexões digitais. Essas mudanças no comportamento social tem estimulado o comportamento individualista.      Por conta disso, o individualismo tem crescido e transparecido cada vez mais. Isso porque nas rede sociais as pessoas moldam seus grupos de relacionamento e selecionam o tipo de informação que recebem. Esse espécie de seleção social faz com que homens e mulheres percam suas capacidades tolerância e noção de convívio coletivo, tornando-se cada vez mais solitários.        Dessa maneira, o individuo enxerga sua própria imagem, como se a sociedade fosse um espelho que não refletisse o todo. Mas assim como no quadro de Magritte, "le fils de l'homme", em que um homem vê seu reflexo sozinho em meio a paisagem e com uma maçã lhe tampando o rosto; o homem contemporâneo também não é capaz de viver sem a sombra da sociedade lhe cobrindo o rosto, pois fora da coletividade não é possível se construir caraterísticas pessoais. O resultado disso é um aglomerado de pessoas individualistas sem nada que os diferencie da multidão de pessoas em situação semelhante.       Por fim, é preciso que os indivíduos compreendam a importância do convívio concreto. Esse desafio deve ser entendido como uma responsabilidade individual e coletiva, sendo estimulada a construção de vínculos pessoais em espaços como empresas, escolas, igrejas. Como o desenvolvimento coletivo de um projeto ou a troca de experiência em atividades  recreativas. O retorno do contato social pode ser a melhor ferramenta para que as pessoas deixem seus comportamentos individualistas e voltem a considerar a sociedade como escolha prioritária.