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Enviada em: 23/07/2018

Historicamente, a burguesia conseguiu consolidar os valores defendidos por ela. Isso pode ser percebido na forma como o trabalho é valorizado atualmente. No Brasil, essa valorização fica clara aonde ouvir em falar corriqueiras expressões como "o trabalho dignifica o homem". No entanto, nem todos conseguem desfrutar de condições de trabalho dignas  e tantos outros nem chegam a encontrar uma oferta de emprego.     Essa consolidação dos valores burgueses se iniciou no contexto da Reforma Protestante, com o Calvinismo, e atingiu seu ápice na Revolução Industrial, quando a burguesia se tornou a detentora dos meios de produção. Paradoxalmente à supervalorização do trabalho proposta por essa classe, se encontram as péssimas condições de trabalho fornecidas aos operários, onde estes eram expostos a jornadas de trabalho exaustivas em locais insalubres para ganhar salários ínfimos.    Tal contradição também se faz presente no Brasil. Para constatar isso, basta analisar os altos índices de brasileiros que se encontram trabalhando no mercado informal, de modo a estarem desprovidos de garantias trabalhistas básicas, como seguro desemprego e auxílio doença. Esse cenário alarmantes se deve, em parte, à dicotomia entre a elevada qualificação profissional exigida pelo empregador e a baixa qualificação que esses trabalhadores possuem.     Portanto, visando à diminuição dos altos índices de brasileiros que se encontram desempregados ou trabalhando no mercado informal, faz-se necessário que o Governo Federal invista mais na educação. Esse investimento deve ser voltado principalmente para os Institutos Federais, já que eles dispõem de um ensino técnico profissionalizante. Por sua vez, as empresas também devem contribuir para tal redução ao agir em parceria com o Governo Federal, oferecendo estágios para os estudantes desses Institutos, de modo a facilitar o ingresso deles no mercado formal de trabalho, com todas as garantias trabalhistas asseguradas.