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Enviada em: 16/07/2018

"O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles". Essa afirmação da filósofa francesa Simone de Beauvoir pode ser facilmente aplicada ao contexto do desemprego no Brasil, já que mais espantoso do que a precariedade das leis trabalhistas é a naturalidade como a situação é tratada. Ademais, esse quadro tem origem incontestável na baixa especialização dos indivíduos e a crise que está acontecendo no Estado brasileiro do século XXI.    É inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema, pois as leis trabalhistas não favorecem o proletariado, mas sim, o dono da fábrica, concretizando o Materialismo Histórico de Karl Marx. Segundo o contratualista Thomas Hobbes, o Estado tem poder absoluto e indubitável, porém, nos dias atuais, há questionamentos no que diz respeito à oferta de emprego no país, haja vista que, se o Governo não disponibiliza serviços os quais melhoram a qualidade de vida da sociedade o contrato social, proposto pelo filósofo, será rompido. Com isso, é indispensável uma solução eficaz e de longo prazo para amenizar a situação no Brasil.     Entrementes, outro aspecto a ser avaliado é a transformação social da última década, em que, por meio da Revolução Técnico-científico-informacional, houve uma mudança no mercado de trabalho no país, exigindo qualificações específicas para conseguir a oferta de emprego. Contudo, sabe-se que no Brasil não há disponibilidade de ensino eficiente para toda sociedade, contrariando as ideias de Paulo Freire, o qual defendia a educação como aparato de mudança social. Todavia, para o país diminuir o desemprego, são necessários investimentos na melhoria de sistema de ensino e de sua disponibilidade no país.     Portanto, com base no exposto e, em concordância com Newton, um corpo tende a permanecer em seu estado de movimento até que uma força atue sobre ele. Desse modo, a aplicação de uma força contra o percurso do desemprego é imprescindível e essencial para combatê-lo. A fim de atenuar o problema, é fundamental a associação do Governo Federal ao Ministério da Educação, para elabora um plano de implementação de escolas com ensino técnico em todo país, com professores capacitados para auxiliar o aluno à ingressar no mercado de trabalho, além de fornecer cursos de especialização para as pessoas, com o efeito de qualificar os indivíduos do Brasil. Outrossim, é necessário que o Ministério do Trabalho atualize as regras trabalhistas para, então, buscar o equilíbrio entre o funcionário e o patrão, por intermédio de enquetes nas empresas e nas redes sociais com o intuito de saber em qual local deve haver melhorias para diminuir qualquer tipo de hierarquia . Logo, seguindo essas ações, o problema será gradativamente minimizado no Brasil.