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Enviada em: 17/07/2018

Consoante à teoria social Marxiana, os meios de produção determinam a sociedade. Nessa perspectiva, o sistema capitalista vigente modificou as relações trabalhistas de modo que elas estimularam a concorrência e diminuíram em proporção, isto é, conforme o mercado de trabalho se modernizou, a burguesia diminuiu a quantidade de trabalhadores e aumentou a exigência da qualidade do trabalho. Logo, o desemprego surgiu a partir da transformação e da elitização das atividades laborais.        Em primeiro lugar, cabe pontuar que a mudança nas atividades laborais diversificaram as relações trabalhistas de forma que elas sequenciassem o desemprego. De acordo com sociólogo Emile Durkheim, à medida que o trabalho torna-se específico, ele gera uma relação de interdependência na esfera laboral e permite que a sociedade desenvolva-se com coesão. No entanto, as divisões do trabalho foram estruturadas de forma desigual, uma vez que as revoluções industriais estimularam as atividades laborais por intermédio de máquinas, assim como elas segregaram os meios de trabalho para uma pequena parcela social que podia pagar por capacitação. Desse modo, nota-se que as alterações nas relações trabalhistas corroboraram para que o mercado de trabalho se tornasse excludente, bem como o motivo para a persistência do desemprego.        Outrossim, convém frisar que terceirização do trabalho perpetua a problemática do desemprego. Pois, no momento em que uma empresa pode delimitar o salário, as condições da esfera laboral e o detrimento das leis trabalhistas do Estado, essa corporação detém o poder de burlar direitos civis, como também de inibir a busca por qualificação, visto que a terceirização implica em atividades com períodos de tempo indeterminados e com baixa exigência de escolaridade. Dessa forma, percebe-se que as atividades laborais terceirizadas estimulam empregos instáveis, além de contribuírem para um mercado de trabalho cada vez menos especializado e, consequentemente, mais subordinado aos trabalhadores instruídos.       Portanto, com o objetivo de atenuar o desemprego e otimizar as relações trabalhistas, medidas devem ser tomadas. Inicialmente, os programas governamentais “Menor Aprendiz” e “Jovem Aprendiz” precisam ser estimulados por meio de propagandas midiáticas em TV aberta, como também otimizados por intermédio de parcerias governamentais com novas empresas, com o intuito de diversificar o trabalho e sua respectiva qualificação. Posteriormente, a comunidade laboral necessita pressionar o Poder Judiciário por meio de manifestos sociais, com a finalidade de acabar com a emenda constitucional que permite a terceirização do trabalho. Assim, a problemática será amenizada.