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Enviada em: 17/07/2018

A Revolução Industrial, ocorrida nos países emergentes durante o século XX, provocou uma série de mudanças nos meios de produção e no cenário urbano brasileiro, a partir do advento da indústria e da introdução das máquinas. Essas transformações no campo econômico alteraram a lógica trabalhista no país, provocando a absorção de, aproximadamente, 35% da população pelo emprego informal, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Sendo assim, há a necessidade de realizar reformas nas relações empregatícias nacionais, permitindo o ingresso de mais indivíduos no mercado de trabalho formal.       Em primeira instância, verifica-se atualmente no Brasil o aumento do número de servidores inseridos no mercado informal, caracterizado por não prover carteira de trabalho e por não assegurar direitos trabalhistas. Essa tendência é resultado das exigências apresentadas pelo setor formal da economia, como a qualificação profissional dos empregados, o pagamento de tributos elevados e o excesso de burocracia que permita a atuação legal, por exemplo. Ambulantes, camelôs e trabalhadores que não possuem registro oficial, como pedreiros e eletricistas, são amostras de indivíduos que desempenham atividades econômicas com vista a garantir renda salarial e que, muitas vezes, não são incorporados pelo mercado efetivo.     Outrossim, o primeiro semestre de 2018 apresentou crescimento do desemprego no Brasil e, segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), essa dinâmica tende a afetar, principalmente, a juventude. Além da falta de experiência e da deficitária tentativa de conciliar emprego e estudo, características de indivíduos que buscam emprego nessa faixa etária, houve no país a redução dos postos de trabalho no mercado formal e a baixa no número de servidores contratados pelo Governo Nacional. Este fator é explicado pela substituição da mão de obra humana por máquinas e pela busca por redução de gastos.      É inquestionável, portanto, a necessidade de propor medidas que objetivem reduzir o número de desempregados e de trabalhadores informais no Brasil. As Secretarias de Trabalho e Emprego municipais, em parceria com as Secretarias de Educação, devem disponibilizar, nos centros de ensino público do país, cursos técnicos e de especialização gratuitos, voltados às mais diversas atividades, com vista a impulsionar o ingresso de indivíduos no setor formal da economia a partir da qualificação profissional. Ademais, o Ministério do Trabalho deve estimular, através de incentivos fiscais, a abertura de novos postos de trabalho nas empresas, além de promover concursos públicos, diminuindo, assim, os índices de desemprego no país.