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Enviada em: 19/07/2018

O período que se seguiu após o fim da Segunda Guerra Mundial foi palco de profundas mudanças em diversas esferas da sociedade. E, no Brasil, não foi diferente, em consequência do processo de desenvolvimento rápido e desordenado vivido pelo país, o mesmo enfrenta problemas complexos dentro de sua comunidade relacionados ao desemprego. Diante dessa questão, urge a necessidade de se debater e compreender as causas e o impacto de tal assunto na sociedade.          Em um primeiro momento, é importante constatar como as relações de trabalho foram modificadas ao longo da história do país. Após séculos como uma sociedade colonial escravocrata e mais décadas sem regulamentação digna, a Consolidação das Leis do Trabalho, popularmente chamada de CLT, foi decretada por Getúlio Vargas durante o Estado Novo. Essa legislação regulamenta as relações trabalhistas e visa a proteger o trabalhador. Nesse sentido, sua importância está no modo com que se propôs a coibir relações abusivas ao garantir condições mínimas de trabalho.       Outrossim, torna-se imprescindível analisar a situação das relações trabalhistas em meio ao crescente impacto da modernidade na organização social. A fluidez dos vínculos humanos, característica do processo de globalização, atinge diretamente a forma como o homem interage com o meio e com seus semelhantes. Assim, as relações voláteis e efêmeras, decorrentes do individualismo e vinculadas à incessante busca pelo acúmulo monetário, resultam na exploração da força de trabalho humana e na procura por novas ferramentas que otimizem os lucros.     Nesse contexto, o avanço tecnológico e seu alto nível de inserção no mercado de trabalho diferem das transformações anteriores em velocidade, alcance e impacto no cotidiano. Por outro lado, ao  se vincular o ganho na economia ao desaparecimento de diversos postos de trabalho, torna se evidente, que esse processo não alcança todas as esferas da sociedade e beneficia apenas uma parcela da população, no chamado "darwinismo social". Dessa forma, o aumento da desigualdade social e do desemprego estrutural acarretam na busca por novas soluções, a exemplo dos altos índices de trabalho informal no país.       Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que Poder Público promova a formação de cidadãos mais ativos e competitivos diante dos avanços tecnológicos, por meio da ampliação do acesso à tecnologia e cursos de capacitação profissional para que atuem no mercado de trabalho de maneira efetiva. Além disso, é imprescindível que o Estado destine maiores investimentos, advindos da arrecadação pública, a áreas específicas, como saúde e educação, com o objetivo de oferecer formação profissional mais eficaz e inclusão de minorias com condições dignas de vida.