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Enviada em: 22/07/2018

“Desesperançado e desanimado, estou eu, a sair mais uma vez a procura de uma oportunidade de trabalho. Vivo em busca de condições para alimentar minha esposa e meus filhos”. Essa narrativa verossímil denuncia a crise do desemprego no Brasil. Nesse contexto, vê-se que a automação e as terceirizações são causas desse processo.      Em um primeiro prisma, cabe ressaltar que, de acordo com Paul Virílio, filósofo francês, as relações de trabalho foram alteradas pelas revoluções tecnológicas. Dessa forma, considera as máquinas como motores da história, pois é indubitável que elas impulsionaram mudanças no modo de produção e no uso da mão de obra humana. Sobretudo porque a automação dos processos garantiu agilidade e menores gastos com funcionários, o que influenciou, lamentavelmente, o aumento do desemprego estrutural e do emprego informal. Ilustra bem isso a Revolução Verde, período no qual houve a mecanização no campo e consequentemente causou a diminuição do trabalho manual. Logo, deve haver uma interferência para garantir que os indivíduos tenha oportunidade trabalhistas em um mundo automatizado.       Ademais, a terceirização do trabalho contribui para a fragilidade das relações trabalhista. Uma vez que, influenciada pelo neoliberalismo, a segurança do emprego tornou-se efêmera, haja vista que empresas terceirizadas estarão à frente de contratações e impulsionadas pela maximização do lucro, reduzirão os benefícios e o número de funcionários. Por consequência desse processo, é notável que as relações de trabalho tornaram-se frágeis, assim causou o aumento do desemprego.       Destarte, há a necessidade de alterações das relações trabalhistas, visto a automação dos serviços e a fragilidade destas. Dessa maneira, é imprescindível que o Estado, em parceria com o Ministério do Trabalho, garanta a qualificação profissional dos indivíduos por meio de curso atualizantes, visto que a partir destes os indivíduos possam aprender a manusear máquinas e tenham maiores chances de serem contratados . Assim, minimizará a quantidade de pessoas desempregadas do país. Além disso, é relevante que o Poder Legislativo fiscalize as empresas responsáveis pela terceirização do trabalho, mediante ao monitoramento frequente do número de funcionários e dos direitos oferecidos a eles, com o intuito de garantir o pleno exercício do emprego. Logo, poder-se-ia fazer com que o cidadão tenha um emprego fixo e regularizado.